Foi como um vício: li na sala de espera do oftalmologista, na hora do almoço, de madrugada antes de dormir, até que acabei o ó-ti-mo Pride and Prejudice. Se der, comprarei Sense and Sensibility para ler nas férias; se não, vai em português mesmo, emprestado da biblioteca do Banco. O problema é que, na fase sentimental que estou, ler Jane Austen é um convite para a dor-de-cotovelo. Anyway, vou assumir o risco...
E como eu sou um "perigo" nas livrarias, acabei comprando o "fininho" Garibaldi & Manoela: uma história de amor. Li durante o almoço, e não consegui evitar o choro. Juro que não sei o que tá acontecendo, se é a idade, carência, ou apenas uma fase sentimentalóide passageira. Mas que eu não tô gostando, ah, não tô não.
Karla
às 21:01 ::
quinta-feira, janeiro 29, 2004
Um pesadelo com o ex - que me fez ficar pensando nele o dia todo - era a última coisa que eu queria.
Karla
às 23:15 ::
Que bonitinho: o colega da facul esperou o pessoal se despedir pra ir me acompanhando até o carro... ah, uns oito anos a menos! :-)
Mas não foi nada bonito o susto que levamos no meio da aula: depois de ouvir um "ladrão!", socos e cadeiradas numa briga entre chapas na eleição do DCE. Como é mesmo? Universidade = "cabeças pensantes"? Sei não...
Karla
às 22:50 ::
Baixei aquela música romântica - melosa mesmo - e já ouvi umas mil vezes. E suspirando.
Não, eu não estou apaixonada (já tô até esquecendo o ex, vejam só!). Também não vou dizer qual é a música: só desmancho esta máscara de "durona" entre quatro paredes, e com as luzes apagadas.
Karla
às 22:21 ::
domingo, janeiro 25, 2004
From Mr. Darcy to Elizabeth Bennet:
"In vain have I struggled. It will not do. My feelings will not be repressed. You must allow me to tell you how ardently I admire and love you."
(Jane Austen, Pride and Prejudice)
Achei lindo, sou mesmo uma boba sentimental: quase chorei.
Karla
às 19:18 ::
sábado, janeiro 24, 2004
"... e o homem aprende que, no espaço infinito aberto ao seu conhecimento, tudo permanece constantemente inesgotável e novo para sua inteligência sempre limitada."
Sábado o Los Hermanos vão tocar aqui na capital (você já ouviu isso em algum lugar, não?). E ainda por cima vai ser 0800, já pensou, Beth?
Poderão passar 20 anos e eu nunca vou deixar de me chocar com a falsidade alheia. Depois o pessoal me pergunta porque sou tão calada...
Sempre me deprimo quando vejo a pobreza da biblioteca da facul. Um país sem livros... sei não.
Apesar do choque e da tensão pela prova de História Antiga, me sinto leve. Meu Deus, como é bom.
Karla
às 22:01 ::
terça-feira, janeiro 20, 2004
Dei uns conselhos pra estagiária lá da agência que tava prestes a fazer a mesma bobagem que eu - se preocupar demais e pedir explicações por qualquer bobagem - e ela veio me agradecer, dizendo que quase perdeu o namorado. Bom, ao menos pra uma pessoa a lição serviu.*
*(Cá pra nós, nunca achei que essa história de "valeu pela experiência", "pelo menos você pode ficar com as lembranças", etc, consolasse muito não...)
Karla
às 23:06 ::
Essa chuva que não pára nunca não me faz ficar com nenhuma inveja de quem tá aqui na praia, de férias. E me dei conta que as minhas tão quase na esquina, bem pertinho, só dois meses e pouco pra chegar. Se tudo der certo, vão coincidir com as da facul e aí com certeza vou ter uma crise de tédio com tanto tempo sem ter o que fazer, depois dessa correria toda. Sim, tá difícil agüentar as 9-às-18 de concentração total para não fazer alguma coisa errada no Banco (e todos dizerem: "oh, que garota competente!") e mais 19-às-22 de aula (atenção total e todos os textos lidos no fim de semana anterior). Putz, como cansa!
É, aconteceram vááárias coisas hoje que quase me fizeram ficar desanimada. Eu disse quase.
Karla
às 22:57 ::
segunda-feira, janeiro 19, 2004
...e o que importa é que tá dando tudo certo, tô numa fase muito boa e decidi, só pra variar, me sentir feliz um pouquinho. Mesmo sabendo que amanhã tudo pode mudar (chavão de novo!), que a substituição no trabalho é temporária e que não tô com a pessoa que quero, estou vendo o mundo através de lentes cor-de-rosa e ninguém pode roubar essa sensação de mim. Pelo menos por uma semana parar me achar uma "coitadinha" e perceber que eu sempre fui uma sortuda de marca maior. Coisa mais besta, esse tal de masoquismo.
Karla
às 22:41 ::
domingo, janeiro 18, 2004
Ah, a sabedoria de um biscoito chinês:
"Inundações são passageiras. Períodos extraordinários também."
Quer dizer que, no final das contas, a vida só é real quando tá mais-ou-menos?
Karla
às 12:32 ::
sábado, janeiro 17, 2004
Vou logo avisando: o hidratante para cabelo da Phytoervas, Amêndoas e Menta, é ótimo, porém perigoso - passei a manhã com vontade de comer o meu cabelo.
Karla
às 13:52 ::
Pela primeira vez, acertei na promoção das Americanas: a maravilha aí do lado por R$ 14,99 não podia ser melhor. E no encarte tem uma foto da boca dele - bem-feita, carnuda, ai - de arrasar.
Tão cansada, mas tão cansada ontem que fui dormir às 21h. Bem que um colega falou que sexta é o dia em que abrem o hospício (e parece que os doidos gostam de ir justamente à agência onde trabalho). Tudo acabou bem, mas o esgotamento mental fez com que eu pensasse que encurtei em alguns dias a minha vida (exagero...). Não é nada, não é nada, só mais um "draminha" pra começar este fim de semana sem grandes emoções à vista.
Ah, o carinha do convite ligou ontem mesmo, no começo da noite, querendo que fôssemos hoje ao cinema. Disse que não ia dar. Não tava (nem tô) com vontade de ir - com ele - e ponto final.
Karla
às 12:54 ::
quinta-feira, janeiro 15, 2004
Vamos ao balde de água fria: a última "confusão" (leia-se relacionamento) também começou com um convite inesperado pro cinema. Tô fora.
Karla
às 22:25 ::
Eu falei que não tava acontecendo nada? Eu devia saber que essa frase é perigosa: hoje um colega da facul perguntou "o que é que eu ia fazer no fim de semana", se eu não queria "ir ao cinema", etc. Tentei segurar o meu queixo e fazer a cara de quem tava achando tudo normalíssimo; dei uma desculpa meio esfarrapada mas ele insistiu, pediu (e eu dei) o número do meu celular. Quer dizer, muito normal um convite pra sair, o problema é eu não sentir nenhuma atração por ele (deve ser uns 8 anos mais novo - essa minha cara de menina me mata), e eu sei que a intenção não é só "conversar". Atiçar e depois tirar o corpo fora? Quero fazer isso não. Também não quero "perder a amizade" (ai, lá vêm os clichês...). Só prefiro, por algum tempo, NÃO TER QUE ME PREOCUPAR com sentimentos, meus ou alheios. Só.
Mas sabe que eu gostei dessa insistência? Fez bem ao ego... :-)
Karla
às 22:10 ::
quarta-feira, janeiro 14, 2004
E um dos meus sonhos é encontrar num sebo uma "preciosidade" por uma ninharia. Inocente é apelido.
Karla
às 22:18 ::
Ah, lembrei: noite passada sonhei que o meu chefe era uma mistura de Darth Vader - com capa preta e tudo, mas rosto verde (?) - com Homem-Aranha (escalava edifícios e tal...rs). Esse aí eu quero ver quem consegue interpretar (e acertar); juro que não tenho a mínima idéia do que significa.
Karla
às 22:15 ::
Alguém tem alguma novidade pra me contar? É que de "novo" na minha vida só umas manchas roxas pelo corpo pela pressa de tomar banho e me vestir logo pra dar tempo de chegar na hora na facul...
P.S. (pro pessoal "lá de cima"): Tô reclamando dessa rotina não, viu? Tá é boa demais, sem surpresas desagradáveis na vida pessoal e a maior calmaria no trabalho. Por enquanto, nenhuma emoção é o que mais quero. Karla
às 21:39 ::
Fora ter que levar minha mãe ao hospital de manhã (nada demais, reação alérgica boba), fiz o que mais gosto de fazer o dia todo: nada. Quer dizer, estudei um pouco, vi TV, mas dormi que nem um bebê o resto do tempo. E o que é melhor: nada de caraminholas na cabeça...
O pai da minha amiga tá péssimo, ela tá péssima, tá todo mundo sofrendo demais. Uma sensação de impotência...
Não deu de novo pra assistir "O Retorno do Rei", que coisa!
Sim, confesso: adoro "Stayin' Alive" e quase tudo dos Bee Gees, e daí?
Karla
às 20:46 ::
Você tá certa, Xará: o que eu preciso é aprender a "só ser". E Naty, eu ainda vou amar muito, sei disso. Mas hoje eu quero só dormir, sem precisar pensar em quem não está aqui, nas besteiras que andei fazendo, nas voltas que o mundo dá... Quero que as únicas preocupações sejam as provas da facul e o meu trabalho. Como é mesmo? "Eu sei que, no fundo, o problema é só da gente..."
Karla
às 22:20 ::
quinta-feira, janeiro 08, 2004
Primeiro dia na comissão, os colegas não perdoaram: "Eeeeeee, gerente..." Já substituía na outra agência, mas ainda não consegui me acostumar a ver os colegas com quase o dobro da minha idade e vários anos de Banco a mais me chamando pra perguntar se pode fazer isso ou aquilo, se vou deferir uma operação, etc. Mesmo sabendo que eu estou lá por ser competente, por me interessar a aprender o que os outros não querem, esse incômodo ainda aparece; e passa rápido também, porque ter o trabalho reconhecido é bom demais... :-)Karla
às 22:05 ::
quarta-feira, janeiro 07, 2004
Ficou lindão mesmo o layout, né? Mas não fui eu, dei umas poucas dicas à Holly e ela adivinhou o que eu queria. Passem lá no Feira Livre: templates da melhor qualidade a preço de banana... :-)Karla
às 17:32 ::
segunda-feira, janeiro 05, 2004
O pai da minha amiga (vide post do dia 25/12) tá péssimo, e o resulado da biópsia foi o pior possível. De repente as bobagens com que me preocupo parecem ainda mais sem sentido.
Tô trabalhando por duas, daqui a alguns dias será por três. Mas não faz mal, não faz mal... (como era mesmo aquela musiquinha mentirosa: "não faz mal, eu tô carente mas eu tô legal", argh!)
E essa vida boa de ficar à toa na internet vai acabar: amanhã recomeçam as aulas na facul. Mesmo assim, prevejo mudanças "bloguísticas" nos próximos dias; just wait and see.
Fui dormir com os galos cantando e ouvindo Ana Carolina. Poderia copiar as letras das músicas dela aqui e praticamente todas seriam perfeitas pra descrever o meu estado de espírito atual. Dor-de-cotovelo é igual pra todo mundo, tô percebendo.
E uma amiga fez a besteira de engravidar de um namorado bobão que mal conhece e está prestes a cometer outra, casando-se com ele. Porque uma m**** a gente entende; duas é demais.
Resisti o quanto pude, mas acabei pedindo pra mudar o pacote da TV a cabo (que só adquiri por causa da internet) e instalar todos os outros canais. Já tô prevendo que vai acontecer o que eu temia: vou deixar os meus livros de lado pra assistir aquelas bobagens. Eu também adoro enlatado americano, mas tenho consciência de que eles não vão mudar a minha vida.
P.S.: cá pra nós, esse cara é o meu sonho de consumo de hoje. Vai ser chamoso assim aqui em casa, vai...
Karla
às 18:33 ::
Uma pergunta que não sai da minha cabeça: por que o amigo do ex consultou o meu telefone e endereço no sistema do Banco um dia depois da gente ter se encontrado?
Karla
às 17:05 ::
Sair às 13:30 neste calorão só não sendo muito boa da cabeça, feito eu; tô com dor de cabeça até agora. Nunca mais vou pensar mal dos entusiastas da siesta.
Foi quase impossível, mas consegui achar blusas que não fossem decotadas ou transparentes, adequadas para trabalhar. Não consigo entender como as mulheres vestem roupas insinuantes no trabalho e ainda esperam ser levadas a sério. OK, também acho que não se pode julgar ninguém pela aparência, mas tenho os pés no chão, conheço o mundo no qual vivo. Outro dia uma colega adepta do estilo mulher fatal foi agarrada e beijada quase à força por outro colega. Ela vive me dizendo pra eu me "mostrar" mais, já que só uso roupas "sérias" no Banco; respondi mentalmente que vou lá trabalhar, e não seduzir. Imaginem se eu usasse as roupas que ela usa: em vez de me chamar para tomar um drink, o meu chefe tinha logo era sugerido um motel...
Update: não, não estou insinuando que a culpa é das mulheres.
Karla
às 17:00 ::
sexta-feira, janeiro 02, 2004
E amanhã nem é segunda. Maravilha.
Karla
às 19:54 ::
Fui acordada às 5:30 da manhã pelo som (gravado) altíssimo de sinos - primeira sexta-feira do mês, o padre quer que o bairro todo acorde pra ir à missa, vejam só. E eu nem católica sou. Também não sou evangélica, mas o que isso importa? O importante foi que, apesar da dor-de-cabeça e as poucas horas de sono, fui cedinho pro Banco tomar posse da minha função comissionada-por-um-dia com muito entusiasmo. Trabalhei as 8 horas necessárias sem cansar: resolvi "pepinos" do primeiro dia do ano, almocei sem ter que olhar a toda hora pro relógio, fiz as comprinhas básicas do começo do mês e ainda agüentei a colega com voz de taquara-rachada com a maior paciência (vocês precisavam ver a minha cara de "paisagem"; atuação digna de um Oscar). E não será segunda, mas quinta que vou "estrear" como Gerente de Contas: um mês trabalhando por duas, com certeza mais alguns fios brancos, mas quer saber? Vou dar conta do negócio direitinho, podem apostar. Porque a Dona Autoconfiança resolveu dar o ar da sua graça por aqui e agora sou eu que não vou deixá-la ir embora tão cedo. Hoje eu me bastei, não vou me esquecer disso.
Karla
às 19:27 ::
quinta-feira, janeiro 01, 2004
Tristezas à parte: um ótimo 2004 pra todos, que eu acredito, sim, será melhor que o anterior. Que eu consiga pôr em prática tudo o que aprendi e viva muito, compartilhe muito, sorria muito, aprenda muito e muito agradeça por tudo isso! Ah, e se encontrar a felicidade ao lado de alguém especial também não vou achar nada mal...
"Que 2004 seja sinônimo de saúde e sucesso": não tá parecendo aquelas frases feitas copiadas de cartões vagabundos? Pode apostar que foi. Um simples "Feliz Ano Novo" seria muito melhor, ao menos eu sentiria um pouquinho de calor humano. Mas deixa pra lá, eu devia era ter achado bom, já que vai ser mais um a ser acrescentado na lista fatal (recurso pra esquecer namorado: enumerar os defeitos dele numa lista e lê-la sempre que ameaçar ter uma recaída). O problema é quando ela tem muito poucos itens, como é o caso dele: eu ainda devo estar apaixonada demais pra enxergá-lo com imparcialidade.
P.S.: Tudo isso só pra dizer que tô chateada porque ele mandou essa mensagem boba via celular ao invés de ligar. Alguém pode me informar quando essa dor-de-cotovelo irá passar?
Karla
às 11:39 ::
1968: o ano que não
terminou 84 Charing Cross Road A Casa dos Espíritos A Cidade das Feras A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo A Guerra do Fim do Mundo
A invasão da América Latina
A Metamorfose A morte de Iván Ilitch
A mulher na construção do mundo futuro A revolução dos bichos
A Saga dos Plantagenetas A Tempestade dos Sonhos
Adeus às armas
Admirável Mundo Novo
As veias abertas da América Latina
Assim Falou Zaratustra Cem Anos de Solidão
Dom Quixote de la Mancha De Amor e de Sombras
Do Contrato Social El Plan Infinito Garibaldi & Manoela Máquina de Pinball Memória de minhas putas tristes
Memórias do Cárcere
Meu amigo Che Meu país inventado Mitologia ao alcance de todos Moça, interrompida Nas fronteiras da loucura O Amor nos Tempos do Cólera O Apanhador no Campo de Centeio O caçador de pipas O Guia do Mochileiro das Galáxias O homem e seu algoz
O lobo da estepe O príncipe
O processo O que eu amava O senhor das moscas
O tempo e o vento
O velho e o mar
O vermelho e o negro O vôo da gaivota Os ancestrais de Avalon Os catadores de conchas
Os dez dias que abalaram o mundo Os Incas: a princesa do Sol
Os seis meses em que fui homem
Os Maias
Os Sertões Paula
Perto do coração selvagem Pride and Prejudice Razão e Sentimento Relato de um náufrago
Terra e Cinzas Violetas na Janela Zona Morta