Me enchi de coragem, chamei-o para ir ao cinema e no meio do caminho sugeri que a gente fosse lanchar (no meio do filme não ia dar pra conversar, né?). Conversamos muito sobre o dia-a-dia lá na agência e vi que ele tava meio encabulado, emendando uma frase na outra - como eu também faço quando estou muito nervosa. A tentação era grande de continuar fingindo que não tava acontecendo nada, mas fui em frente: depois do lanche, fomos passear na calçadinha da praia e aí a conversa se tornou mais íntima. Aproveitei uma oportunidade - quando ele falou da garota que ele tinha gostado - e falei da minha experiência com o "Medroso", que ficou em cima do muro e só depois de algum tempo é que falou pra mim que não queria se envolver. Fui bem franca, sabe? Falei que tinha notado que ele tava gostando de mim, mas que sabia que não ia poder corresponder da mesma forma, e por ser tão amiga dele tava abrindo o jogo pra não deixar que ele tivesse esperanças e se decepcionasse. E, graças a Deus, ele me surpreendeu de uma forma positiva: ouviu tudo, fez algumas perguntas calmamente e falou que entendia, sim, e, se aquele momento não era o certo pra mim, ele iria respeitar. Mas sabe que ele fez aquele olhar "deixa estar que eu ainda conquisto você"? De qualquer forma, agora tô aliviada: se ele alimentar alguma esperança, não será por eu ter dado, de alguma forma, algum incentivo. Foi ótimo também porque não ficou aquele "clima" pesado: ele comprou uma rosa pra mim no meio da rua, fomos ao shopping "bater perna" e a amizade continua. No final, uma mensagem pro meu celular: "muito obrigada por ter sido aberta comigo". Pense numa sensação boa!
Karla
às 19:57 ::
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