Perdoe-me, Senhor, porque pequei. Tentei resistir, mas o Senhor sabe, a carne é fraca, foi mais forte do que eu: não agüentei a visão do instrutor da academia bronzeado, musculoso, com as tatuagens certas nos lugares certos dos braços e tive muitos, mas muitos pensamentos eróticos instantâneos enquanto fazia abdominais (tanto que perdi as contas duas vezes). O Senhor há de convir que já faz - deixe-me fazer as contas: dezembro, janeiro, fev... - mais de cinco meses de seca, então isso deve servir como atenuante, né? Aproveitando o ensejo, será que não dá pra fazer "chover na minha horta" um pouquinho, não? Ah, o ex não vale, é café-com-leite* (lembram disso, Xará e Naty? rs). Juro que parei com aquelas exigências todas: contanto que haja a famosa "química", pode ser um desses do tipo surfista descerebrado - eu mando ele calar a boca e me beijar -; é só por um dia ou dois, pra matar a carência, vou tentar suportar os "papos-cabeça", prometo. Se possível, que role num lugar bem público, pra todo mundo espalhar pro ex (acordei com um instinto de vingança hoje) e ele se arrepender de ficar me provocando tanto pra nada. E aí, vai dar?



*Em outras palavras, o que "não fede nem cheira".



Err... só mais uma coisinha: o Senhor pode realizá-lo até domingo? :)

Alguém sabe o que é viver sem medo? Um medo abstrato, do qual não sei a origem ou a dimensão; despersonificado, como posso lutar contra ele? Pode ser medo de sofrer, mas, pôxa vida, isso sempre acaba acontecendo. Então parece que ele se acumula, vira o medo de sofrer de novo, adicionar mais um fracasso na curta listinha de, digamos, só 200 páginas. Aí olha pra trás e pára pra pensar se está nesta vida para agradar a si ou aos outros. "É isso! Tudo o que tenho a fazer, a partir de agora, é mandar todo mundo pro inferno e agir como se ninguém tivesse prestando atenção! Puxa, como não pensei nisso antes?" Mas Karla - aquela, "a Boba" - nunca aprende a lição. E finge ser mais forte do que é e faz cara de paisagem e disfarça dizendo que tá tudo bem e torce intimamente para que um dia aquele desejo se realize. Só que ele nunca se torna realidade, é sempre fim de festa e - mais uma vez - o cognome nunca apareceu tão apropriado.

Fiz um favor pra mim (e pra minha mãe) e fomos ver Diane & Jack. Divertidíssimo, obrigatório, com um senão: não concordei com o final. Digamos que eu tô "pé no chão" demais pra acreditar em tamanha mudança advinda de um macho da nossa espécie. Back to reality.

Tenho absoluta certeza de que tem alguém me espionando. PQP, por que é que toda vez que digo - na análise ou escrevo aqui no blog - que o ex é "página virada", no outro dia ele volta a me atormentar? Expiação "braba" de alguma falta cometida em outra vida, só pode ser. Hoje foi o dia do e-mail com um clipe de um "beijaço" (coisa de louco: duas línguas se "entrelaçando" de todo jeito, passei mal) e das mensagens pro celular. "Soube que vc tá na academia..." "A conversinha é essa, vc deve é tá mal intencionada (sic)..." "Eu sabia que vc ia gostar do clipe..."

Sabem aquele desenho do Pluto, no qual ficava um diabinho e um anjo de cada lado, o primeiro mandando que ele fosse pelo mau caminho e o outro pelo bom? Pois bem, qual deles devo escutar???

É assim: todo mundo me manda dormir cedo (pra acordar cedo e ser a certinha com que eles estão acostumados), aí eu faço aquela cara de pobrezinha - ninguém faz essa cara tão convincente quanto eu -, morro de me lamentar dizendo que tenho problemas de insônia e depois tenho que fingir que ouço todas as "receitas" para acabar com esse mal que supostamente me aflige. Mas, vou contar um segredo: penso melhor de madrugada. Só eu, meus pensamentos e os grilos, curto demais essa tranqüilidade. Às vezes tenho problemas pra dormir, sim, mas quem liga? Voltem para as suas novelas, as fofocas do dia, quem fingiu que não ia viajar só pra não ter que chamar a outra, vão, vão, e me deixem em paz. Não sei a que lugar pertenço, só sei que não é este aqui.

POST-CONFISSÃO:

Fingi que não tava nem aí, mas que eu daria o meu dedo mindinho pra estar lá, ah, daria...

Daqui:

1. pegue o livro mais próximo de você
2. abra o livro na página 23
3. ache a quinta frase
4. poste o texto em seu blog junto com estas instruções

"Eles exploravam praticamente todo nicho que a floresta e as matas abertas tinham para oferecer: alguns levavam uma vida semelhante à dos gorilas, outros uma vida mais parecida com a dos gibões, e outros ainda levavam uma vida sem similar de acordo com o modelo contemporâneo".
(Em "O Povo do Lago", de Richard E. Leakey e Roger Lewin, indicado pela professora de História Antiga e dificílimo de achar, a tradução é malfeita, ou seja: propaganda enganosa)

Ontem tava chovendo pra burro, então fomos assitir Sob o Sol da Toscana: a Diane Lane tava ótima; as minhas companhias, nem tanto. A vontade de sair de casa era tão grande que agüentei até a velha ladainha da minha tia: "Vai estudar pra um concurso, menina! Você com essa inteligência! Ah, se fosse eu..." Detalhe: ela também é bacharel em Direito, porque é que nunca "meteu a cara" como ela mesmo diz? "Ah, mas eu era casada, já tinha filhos..." Desculpas, desculpas, faça o que eu digo mas não faça o que eu faço. Depois o pessoal me acha estranha porque não vou a quase nenhuma reunião de família.

Mas o ontem já se foi, hoje é um novo dia, e amanhã vou procurar por todos os becos desta cidade até achar a essência de hortelã pra fazer os biscoitos encantados que ele ensinou. Lua Nova, tô muito a fim de arriscar. Hoje me dei conta de que já virei a página, e, como diz a minha amiga Naty, a fila anda. Deve andar.

Mulher é assim, né? Tá entediada, muda o visual. Claro que eu não seria diferente: comunico-vos que, desde ontem, disputam com as de cor castanha várias mechas vermelhas no meu cabelo. E não é que ficou muito legal? Lógico que fui dar uma passeadinha básica pra me exibir (meu ego exigiu). E o povo gostou...

Agora uma missão pra você, Xará: desde a semana passada sonho que tô "pegando" (ui!) vááários carinhas maravilhosos, um mais bonito que o outro, e eles - no sonho, no sonho - ficavam loucos por mim. O que significa, hein? E o mais importante: como é que a gente faz pra transformar isso em realidade? ;-)

Tédio, tédio, tédio. A coisa mais emocionante que aconteceu comigo esses dias foi um "pau" no Outlook e no Incredimail, por eu ter feito a burrice de excluir dois arquivos de sistema. Deu pra sacar como a minha vida anda agitada?

Pense num músculo qualquer do seu corpo. Pensou? Pois esse e todos os outros tão doendo aqui nesse corpo enferrujado, depois de mais de dois anos sem entrar numa academia. E Naty, não agüentei nem meia hora de Body Combat, que vergonha!

Apesar de tudo, gostei. :)

Pessoal, brigadão pela força nos "comments" (é sempre ótimo :-)).

Esperando o remédio pra urticária chegar e respirando fundo pra encarar, a partir de amanhã, aulas de Aero Pump, Body Pump, Body Attack, Body Combat e outros "bodies" que aparecerem. A academia, embora muito freqüentada, NÃO é cheia de gente fresca como eu pensava (foi o que me pareceu). Agora é torcer pra urticária dar uma trégua e assim conseguir dormir (e acordar) cedo. Hay problemas, sí, mas a gente dá um jeito...

Posts rápidos (porque eu tô com preguiça até de digitar):

- Boa notícia ou "quando tem que ser...": ontem me arrumei sem expectativas, só pra ficar bem comigo mesma e ir a um barzinho bem calmo com os amigos, e quem é uma das pessoas que estava na única outra mesa ocupada? O charmosão colega do Banco que me chamou pra trabalhar na outra agência; as duas olhadas que ele me deu quando passou perto da gente fez todo mundo olhar pra mim com cara de "puxa, só faltou tirar a tua roupa!". Claro que o ego ficou lá nas alturas...

- Bad one: a urticária voltou, com força total. Sabem o que é desespero? Pele queimando, coçando, só consegui dormir depois de compressas geladas no corpo todo. Agora tô assustada de verdade.

- Novos vícios da TV a cabo, Beth: Tru Calling (ter a chance de viver o dia novamente) e Queer Eye for the Straight Guy (eu já disse como eu queria que o mundo fosse gay, né?).

Compras, muitas compras: decidi voltar a cuidar de mim. Pode ser cedo pra dizer isso, mas me sinto livre, parece que tem um fantasma deixando de me assombrar (palmas pra mim, o mérito é meu). É, o mundo deixou de ficar cinzento, nem a infecção intestinal que tive conseguiu me desanimar - não foi virose, ainda bem, só algo estragado que comi -. E ainda me ajudou a perder o peso que adquiri comendo os Twix do mundo todo pra compensar a carência.

É, estou de volta, pronta pra sacudir o mundo.

Ai, Naty, seus pensamentos são os meus...

A gente sabe que tá virando gagá quando pergunta a mesma coisa duas vezes e mesmo assim ainda manda um torpedo pro celular da irmã pra confirmar a resposta.

Vou escrever de novo, já que nunca é demais: f-é-r-i-a-s. Até o dia 2 a minha função só vai ser a de fiscal da natureza, tem melhor?

Ontem fui com a minha mãe assistir ao tão falado filme do Mel Gibson (sim, porque não merece ser chamado de "filme de Jesus"). Gostei não, só sadismo, do começo ao fim. Tanto barulho por (quase) nada...

Sabe o que é? Não me contento com pouca coisa.

Detesto depender da condescendência alheia, fica aquela sensação de ser uma marionete.

Pra ter, precisa merecer.

E tenho dito.

Resoluções de férias:

- Entrar na academia: fazer yoga e algum exercício aeróbico
- Acordar cedo pra caminhar na praia
- Deixar o cabelo crescer (e tentar me livrar dessa "carinha de menina")
- Dar o braço a torcer e reconhecer que essa história com o ex já deu o que tinha que dar (ouvir pelo telefone minha amiga dizer que era melhor eu não sair com eles porque ele talvez fosse levar alguém foi a gota d'água)
- Tomar um banho de rio (motivo íntimo)
- Tomar coragem e me dispor a conhecer gente nova (ai, Naty, já tem amigo querendo me apresentar "um amigo que daria certíssimo com você"; tremo só de ouvir essa frase)
- Relaxar, relaxar, relaxar...

(Update: Faltou a de "não levar a vida tão a sério", mas é melhor colocar só as que conseguirei cumprir, né?)

F-é-r-i-a-s. Tô me sentindo tão leve que nem tô acreditando direito.

E nem tudo vai mal: há uma luzinha, ainda que bruxuleante, no fim do túnel; estou indo em direção a ela.

Todo mundo tava certo: tá passando. E amanhã será o último dia do semestre na facul, e também o último dia de trabalho antes das férias. Este ano vai ser diferente: nada de estudar, vou é passar muito tempo cuidando só de mim.