Fora um ou dois probleminhas usuais, não tenho do que reclamar: muita coisa pra ler, voltei pro curso de inglês que eu adoro, finalmente criei coragem pra ir ao lugar onde se fala do Deus com o qual me identifico e muito carinho, via e-mail, de alguém especial. Sem expectativas, encarando tudo como um presente dos céus. Se me perguntar, vou sorrir e dizer que "tá tudo bem"; desta vez, com a mais profunda sinceridade. Tem coisa melhor?
Karla
às 23:36 ::
terça-feira, julho 29, 2003
*Percebi que o problema é comigo, e não com o mundo. Cair em mim, mudar e ser feliz não deve ser tão difícil assim.
Karla
às 22:44 ::
domingo, julho 27, 2003
Mesmo eu estando no mesmo lugar, percebo as voltas que o mundo dá. Explico: há exatamente um ano - 24 de julho, para ser mais exata - fui, a contragosto, ao aniversário do marido de uma colega de faculdade que mora no DF (lembro bem a data devido à pior crise alérgica que tive e que começou na mesma noite). Casa enorme em uma praia afastada, todos competindo para ver quem era mais bem-sucedido, principalmente o aniversariante, que arranjou até charutos cubanos para os homens fumarem; eu tava me sentindo tão enojada com essa competição que deve ter sido por isso que adoeci. Comigo foram um casal de amigos e os padrinhos dele - "puxa-sacos" de plantão, já que o dono da casa (como assessor de um Ministro) foi quem indicou a minha amiga e o padrinho aos cargos que ocupam agora, muito bem remunerados e que não requer concurso, ressalte-se. Várias vezes durante a noite me perguntei o que é que eu estava fazendo ali, já que o meu emprego não foi ele quem arranjou e a minha amizade com a esposa era bem superficial. Também fiquei pensando se eu tava vivendo numa outra dimensão ou eles é que eram os vitoriosos, já que, no meu mundo, mesmo quem ganhava bem não estava em condições de levar uma vida luxuosa, ao passo que a conversa lá girava entre casas em condomínios fechados a viagens constantes ao exterior. Não precisei de mais de um ano para obter a resposta: desde domingo, os nomes dele, da esposa e do cunhado aparecem nos jornais como envolvidos no mais novo escândalo sobre irregularidades no ministério. Comparando as nossas posições agora, posso dizer que definitivamente não sou eu quem está com problemas para dormir à noite!
Karla
às 19:08 ::
sábado, julho 26, 2003
Muitas revelações: as portas não estão fechadas como eu pensava, pelo contrário, estão muito abertas. Alívio. E ontem, depois de muito tempo, saí do casulo e fui tentar me divertir: barzinho muito legal, música boa, amigos de sempre e gente nova. E não é que consegui?
Karla
às 17:17 ::
quinta-feira, julho 24, 2003
Aposto que agora os sites mais acessados serão os que contêm fotos dos filhos de Saddam Husseim mortos. Este nosso velho mundo mórbido... Lembro que na semana do 11 de setembro fatídico comprei duas revistas (edições extra) só com fotos e reportagens sobre o atentado. "Quero me poder me lembrar de tudo depois" - pensei. "E mostrar pros meus filhos também" (é, às vezes eu me esqueço que a internet existe). Pretendo acompanhar como irão tratar desse assunto daqui a alguns anos, porque o estardalhaço foi feito: reportagens especiais, cobertura ao vivo, relato das famílias das vítimas e comoção mundial, mas não acredito que tenha sido exatamente como nos querem impor - mocinhos de um lado e bandidos do outro, a velha visão maniqueísta de sempre. Tenho receio de perder o senso crítico, e acabar aceitando todas as bobagens que a mídia (detesto essa palavra, sai a toda hora da boca de alguém que quer parecer inteligente) imprensa, subjugada pelos órgãos oficiais, despeja sobre nós, meros mortais. Li 1984 e sempre achei que o velho Orwell tinha lá sua razão: "War is peace, freedom is slavery, ignorance is strength". Meninos, vigiai.
Karla
às 20:38 ::
Something has left my life And I don`t know where it went to Somebody caused me strife And it`s not what I was seeking.
Didn`t you see me, didn`t you hear me Didn`t you see me standing there
Why did you turn out the lights Did you know that I was sleeping
Say a prayer for me Help to feel the strength I did My identity has been taken Is my heart breaking on me
All my plans fell though my hands They fell Though my hands on me In my obvious it suddenly seems Empty
E agora a minha mais nova "idéia fixa" é ingressar numa instituição como a Cruz Vermelha, Médicos sem Fronteiras ou alguma ONG para ajudar soropositivos nos confins da África: quem sabe assim eu me sentisse mais útil do que ficar feito uma "barata-tonta" (e acéfala) naquele Banco tentando adivinhar o que os clientes histéricos estão reclamando e o que os gerentes esperam que eu faça. "Foi para isso que eu te criei, minha filha?" - e viu Deus que não era bom.
Karla
às 22:53 ::
Tô esquecendo o Gabo: parece que a minha mais nova paixão é o americano "durão". Que os deuses me ajudem.
Karla
às 22:41 ::
domingo, julho 20, 2003
"...and therefore never send to know for whom the bell tolls; It tolls for thee."
Meu pai me elogiou, e na frente de todo mundo. Vou ali me proteger da nevasca que cairá por aqui - pleno litoral do Nordeste - e já volto.
Karla
às 16:19 ::
O Banco, no final do semestre passado, colocou à disposição dos funcionários não-comissionados uma verba para desenvolvimento profissional: poderia ser gasta em cursos de informática ou de inglês, ressarcimento de mensalidades de cursos de graduação, assinatura de revistas ou compra de livros. Requisitos: a agência deveria eleger um comitê com 3 representantes. Por livre e espontânea "pressão", fui uma das pessoas eleitas. Calculamos a verba e fizemos as pesquisas: conseguimos um ótimo preço para o de inglês, numa escola respeitada nacionalmente, com certificados de universidades do exterior, etc; outra escola de informática também fez uma proposta muito boa, então calculamos tudo e vimos que daria para satisfazer todos os colegas, inclusive os que optaram pelos livros/revistas ou os que estão fazendo universidade. Tudo ia muito bem, já estava pensando em fazer minha matrícula no inglês semana que vem quando um colega do comitê (influenciado pelo outro membro) sugere que a gente não contrate aquela escola de inglês, mas sim outra que "dê mais ênfase à conversação", que "seja mais em conta", porque ele não acha importante "a gente aprender gramática", e só faltou sugerir a gente fechar a proposta com aquelas que prometem "sair falando inglês em 1 ano": pqp, vai ser ignorante assim na China! Outros colegas não ficaram atrás, perguntando se "dava para passar na certificação interna do Banco estudando 6 meses"... Sabem o que eu penso? Quem tem preguiça de se dedicar e acredita que o saber cai do céu, merece mesmo chafurdar na ignorância!
Tava demorando... Acabou-se o que era doce.
Karla
às 20:34 ::
E hoje vou me permitir assistir aos filmes mais "melosos" que existam, ouvir quantas músicas "dor-de-cotovelo" meu player suportar, ler os romances mais vagabundos que encontrar: porque assim eu desejo, e o mundo poderá acabar amanhã, a minha vida (quem sabe?) mudará totalmente e essa oportunidade talvez seja a última, etc. Porque preciso confirmar que sou eu quem dita as regras por aqui, senão eu enlouqueço. Epitáfio de Karla, a Insana: nasceu, cresceu, morreu, mas não aproveitou a vida.
Karla
às 19:42 ::
Conheço várias pessoas que fizeram lipoaspiração, outras colocaram silicone no seio, uma outra no bumbum, e assim vão puxando, esticando, enchendo ou esvaziando, e aqui fica a dúvida: será que, algum dia, o modelo de beleza será a imperfeição?
Karla
às 18:00 ::
sábado, julho 12, 2003
Nostalgia. Saudades dos anos 80: das músicas, do otimismo em relação ao futuro, de quando as minhas preocupações variavam entre as matérias do colégio e conseguir o disco daquele grupo novo... Dê-me a chance, e eu faria tudo diferente.
Karla
às 22:48 ::
"Sou só um, meus caluniadores são centenas; naturalmente, nunca conseguirei me defender e não posso saber antecipadamente que acusações serão lançadas contra mim. Se disserem que sou um defensor do sistema egocêntrico e que fui eu quem pôs fogo na fogueira que consumiu Giordano Bruno eu não me espantaria." *
(Alexander Solzhenitsyn, 1967)
* Citação encontrada num antigo (1994) caderno da faculdade; com certeza eu estava fazendo o curso errado...
Karla
às 21:21 ::
Incrível como mais uma vez eu programei o despertador para "PM", e não "AM" (sempre descubro quando estou no micro e o rádio começa a tocar sozinho). Graças a Deus eu tenho vizinhos caridosos que têm o cuidado de não me deixar perder a hora.
Karla
às 20:08 ::
Achei lá no Pulso Único este site com vários joguinhos; é meio bobinho, mas é legal. :-)Karla
às 19:43 ::
E o pessoal da operação "acordar Karla o mais cedo possível nos finais de semana" voltou a atacar:
- o vizinho ligou e desligou o alarme da casa duas vezes - o cachorro do outro vizinho latiu até ficar rouco - os vizinhos da casa de trás ligaram o som (axé) a todo volume - o rapaz que faz uns serviços aqui em casa tocou a campainha - o jardineiro chegou depois e tocou a campainha mais de uma vez - um casal amigo dos meus pais vieram veio e TAMBÉM tocaram tocou a campainha feito alucinados - o caminhão do gás passou (no domingo???)
Puxa, como é bom ter uma ótima noite de sono e acordar revigorada e bem-humorada! Hunf.
Update: Não me envergonhe, Karla, olha a concordância.
Karla
às 01:44 ::
sábado, julho 05, 2003
Duvido que alguém esteja tão à flor da pele quanto eu, nesses últimos dias. Sempre os mesmos acontecimentos, e eu nunca me acostumo. Ou vai ver eu ainda não consegui aprender com eles. Mais paciência, persistência, teimosia até: é disso que eu preciso.
Karla
às 21:25 ::
sexta-feira, julho 04, 2003
K arma, dirão os orientais
A tavismo, os Espiritualistas
R eencarnação, os Kardecistas
L ei de Causa e Efeito, os mais racionais.
A alma virtuosa, evolui, enobrece...!
Agora ele (não o fantasma, mas o senhor do computador) manda e-mails com jogos de palavras, falando de "almas afins" com "afinidades incognoscíveis que oscilam na mesma freqüência" e etc, embora assine como "o amigo de sempre". Não sei, não: medo.
Karla
às 21:23 ::
quinta-feira, julho 03, 2003
Quem quiser dar uma olhadinha, estou aqui (mas por pouco tempo, OK?).
Karla
às 22:59 ::
Não tem jeito: é só ver um carinha de cabelo grande - preto e liso - que eu me apaixono.
Karla
às 21:42 ::
Porque eu queria que dia de abraçar e beijar fosse todo dia.
Preciso parar com esse complexo de inferioridade e acreditar que aquele carinha maravilhoso olhou, sim, para mim, e com interesse. Alguém tem uma poção para fazer a gente deixar de ser besta?
Karla
às 20:22 ::
Duas semanas sem micro e internet:
1. Aproveitando os dois feriados (19 e 24.06), a solução para passar o tempo foi ler: primeiro, o fascinante-maravilhoso-esplêndido "Cem anos de solidão" - quem sou eu para dar outros adjetivos ao genial Márquez? -; depois, o bobinho "A Casa das Sete Mulheres" (se tiver curioso (a), pegue-o emprestado, como eu fiz; não vale o dinheiro que estão cobrando por ele); por último, o ótimo conto (novela?) A morte de Iván Ilitch do Tolstoy, curto e ao mesmo tempo profundo na análise do personagem central.
2. Entre um livro e outro, "arriscando" achar algum programa na TV que valesse a pena, descobri, espantada, que há uma novela que tiveram coragem de chamar de "Pedro, o Escamoso" (não, não quero nem saber o significado desse título). A locadora me salvou, com "A Hora da Zona Morta" (antigão, com Christopher Walken) e "Fenda no tempo" ("Langoliers", tão antigo quanto o outro), ambos baseados em contos do Stephen King e muuuuito bons. Bom, sou fã, não acredite em tudo o que digo...
3. Encontrei um velho fantasma (aquele, Naty), e descobri que sou uma idiota pelo nó na garganta, por deixar que ele me "assombre" até hoje, mesmo depois de tudo (bastante ênfase no sofrimento que esse tudo trouxe, por favor).
4. Tive que me segurar para não retrucar quando o gerente me falou que tinha feito a minha avaliação, que eu tinha talento, era capaz, que não ficasse "marcando passo" e concorresse a comissões, mesmo que isso significasse ter que trabalhar em agências do interior, etc. Fácil falar estando do outro lado, não é, "cara-pálida"?
5. Conferi o gabarito e não fui bem no concurso. Paciência.
6. Sonhei novamente, e mais de uma vez, que estava grávida: vontade de ter um filho (gêmeos, se puder) ressurgindo com força total. Mas, se falta o "alguém", o que é que eu posso fazer, a não ser reprimi-la?
7. O senhor que me ajudou a consertar o micro gosta de mim, tá confirmado. Mas não dá: chance zero de eu sentir alguma coisa por ele, além de amizade. Será a vida feita de desencontros sem fim?
Karla
às 20:18 ::
"Eu voltei, agora pra ficar..." Monitor de volta, que alegria! Mas agora preciso ir trabalhar, inté!
Karla
às 09:43 ::
1968: o ano que não
terminou 84 Charing Cross Road A Casa dos Espíritos A Cidade das Feras A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo A Guerra do Fim do Mundo
A invasão da América Latina
A Metamorfose A morte de Iván Ilitch
A mulher na construção do mundo futuro A revolução dos bichos
A Saga dos Plantagenetas A Tempestade dos Sonhos
Adeus às armas
Admirável Mundo Novo
As veias abertas da América Latina
Assim Falou Zaratustra Cem Anos de Solidão
Dom Quixote de la Mancha De Amor e de Sombras
Do Contrato Social El Plan Infinito Garibaldi & Manoela Máquina de Pinball Memória de minhas putas tristes
Memórias do Cárcere
Meu amigo Che Meu país inventado Mitologia ao alcance de todos Moça, interrompida Nas fronteiras da loucura O Amor nos Tempos do Cólera O Apanhador no Campo de Centeio O caçador de pipas O Guia do Mochileiro das Galáxias O homem e seu algoz
O lobo da estepe O príncipe
O processo O que eu amava O senhor das moscas
O tempo e o vento
O velho e o mar
O vermelho e o negro O vôo da gaivota Os ancestrais de Avalon Os catadores de conchas
Os dez dias que abalaram o mundo Os Incas: a princesa do Sol
Os seis meses em que fui homem
Os Maias
Os Sertões Paula
Perto do coração selvagem Pride and Prejudice Razão e Sentimento Relato de um náufrago
Terra e Cinzas Violetas na Janela Zona Morta