Sábado foi dia de alegria: visita da amiga e seu namolado (gostei dele, viu?) e saída rápida de 1 hora pra comer um sanduba e verificar se ainda existem outros mundos além do meu quarto. E, hoje, notícia boa: tirei os pontos - cicatrizadinhos da silva -, dia 8 tiro o gesso (é, o médico vai estar de plantão em plena terça de Carnaval (rs)): será o fim da dor nas costas por causa do peso do braço. O que está me preocupando, porém, é a demora do resultado da biópsia: o laboratório disse que não pode nem precisar a data em que vai estar pronto, e eu, aqui, à toa, inevitavelmente fico pensando em mil coisas (malignas, pra ser clara - quem sabe falando exorcizo esses pensamentos, não?). De resto, a vida está continuando, vou assistir duas aulas essa semana na facul pra não cansar e semana que vem vou para Salvador passar o Carnaval - via Band, claro. Beijos aos amigos de sempre e aos novos visitantes, inté. Karla
às 16:14 ::
quinta-feira, janeiro 27, 2005
Passada rápida pra dizer que estou bem, embora tenha peregrinado pelo médico esses últimos dias para consertar o gesso do braço e verificar os pontos da bacia; vou ver se, a partir de agora, repouso ainda mais.
Saí do hospital hoje; fiz a cirurgia na terça (dia 18) e foi tudo bem, só um pouco mais demorada - mais de 3h - porque tiveram que colocar um pino no pulso, o que não estava previsto. O que dói mais é a bacia, por ser uma região mais sensível; já no braço, não sinto dor (está engessado desde abaixo do ombro até os dedos). Soube hoje que vou ficar uns dois meses sem poder mexê-lo, e também que será preciso outra cirurgia para retirar o pino, mas não reclamo. Estamos esperando o resultado da biópsia, mas quero crer que seja benigno (segundo o médico, o é). Esses dias foram um exercício de humildade, já que preciso de ajuda para fazer quase tudo, mas já tô aprendendo a me vestir sozinha. Os remédios fortes me deixaram muito enjoada, mas desde os enfermeiros que colocaram o gesso, até as enfermeiras que cuidavam de mim durante o dia, incluindo a anestesista e o médico (aquele que me examinou no domingo, que é o único especialista em tumor ósseo da cidade), todos se desdobraram em cuidados comigo, fiquei até emocionada. Muitos telefonemas, visitas e muito carinho da minha mãe e da minha irmã. Ah, obrigada Naty. Embora eu queira deixar registradas aqui todas as emoções dos últimos dias, tá muito difícil e cansativo digitar com uma mão só; aos poucos vou contando tudo. O importante é que estou bem, muito bem.
Sabe aquele dia em que uma coisa acontece e deixa a sua vida de cabeça pra baixo? Acho que hoje pode ser esse dia pra mim. Explico: este final de semana foi mais agitado que o normal, tendo eu saído desde a sexta, quando hoje à tarde, ao chegar na casa de um amigo pra comemorar o aniversário dele, caí e quebrei o braço esquerdo (e por isso tô demorando uma eternidade pra digitar este textinho). Bom, acredito em Deus e que tudo não acontece sem uma razão, mas o fato é que a queda não foi assim tão séria, e eu me assustei bastante quando vi o osso deslocando. Fui direto ao hospital, fiz exames e o médico descobriu (e eu própria vi) que o osso quebrou justamente numa região em que se pode ver um tumor (benigno, tudo indica), que está lá há muito tempo e vou precisar fazer uma - ou talvez mais - cirurgia(s) pra tirar uma parte desse osso e colocar uma parte do da bacia no lugar. Tô calmíssima, agradecendo por essa fratura ter mostrado o tumor, mas não sei quando poderei voltar a escrever aqui, já que ninguém da minha família sabe da existência desse blog. É isso, então: vou dar uma sumida, mas volto. E, se puderem, rezem por mim, tá? Beijos a todos.
Karla
às 18:32 ::
quinta-feira, janeiro 13, 2005
Quod cito prodideris medico, curabitur ulcus; quod tegitur, maius creditur esse malum.
P.S.: Quem não sabe latim - como eu - entra aqui.
Karla
às 22:41 ::
Engraçado como as coisas mudam: há algum tempo atrás, ao entrar em uma locadora, "torcia o nariz" ao ver a prateleira dos filmes de comédia; há uma semana, o meu único desejo é procurar um filme que não exija nenhum esforço intelectual, pra ver se esqueço as 9 horas de preocupação por que acabei de passar e o fato de que daqui a 20 dias acabam as férias da facul e o pouco tempo para respirar que ainda me resta. É desalentador ver os dias passando iguais; eu juro, juro mesmo que procuro alguma luzinha no fim do túnel mas não encontro nada. Eu já disse mais de uma vez que gosto da rotina, pois pelo menos os velhos problemas já são por mim conhecidos, mas ultimamente eles têm adquirido a capacidade de se metamorfosear em vários outros subtipos, e isso está me cansando. Muito. Nem Vivien Leigh e "amanhã será outro dia" estão fazendo efeito. Mil vezes droga.
Sumiço grande, né? Foi proposital, saibam. Talvez tivesse sido melhor ter desabafado aqui as confusões da minha mente juvenil - num corpo de uma pré-balzaca, pode? -, mas as palavras simplesmente não saíam. Porque o Ano Novo foi de novo uma porcaria, o calor desta cidade (pela primeira vez na vida) está me sufocando, meus amigos ou se mudaram ou sumiram, e eu ainda tenho que reunir toda as forças que me restam para ter coragem de acordar todo dia. Mais uma vez, a sensação de estar no lugar errado, na hora errada e com as pessoas erradas. Puxa vida, a cegonha que me trouxe deve ter tomado uns drinques a mais e trocado o meu endereço, só pode ser: nunca vi alguém tão diferente da família como eu (entenda-se por família, nesse caso, os pais, os parentes mais próximos e os não tão próximos também). Sabe quando você se sente uma entidade biológica extraterrestre? Oui, c'est moi. Mas, depois dessa pensação toda e nenhuma conclusão concreta, eis que sexta passada, ao concluir a minha avaliação do semestre passado, o meu chefe pergunta para que cargo eu quero indicação e aí, de repente, acende aquela luzinha denotativa de idéia brilhante: "Brasília, é isso!" Pode ser a solução para os meus problemas, sim, senhor: nova cidade, novo cargo, um lugar para chamar de meu... Claro, acompanhado de um custo de vida lá nas alturas, adaptação de quem nunca morou sozinha na vida e todos os sacrifícios e atropelos de um novo começo, estou consciente disso. Mas é no momento da pergunta-chave - o que é de tão importante que pode me segurar aqui, afinal? - que o placar se define: Prós 6 X Contras 3 (e sem gols de bola parada, ressalte-se). Conversando com Flavinho, ele me diz, certa hora: "Pense no que for bom para você". É, meu amigo, precisa que seja bom para mim, sim, pelo menos uma vez na vida. Contudo, só poderei concorrer a uma nova comissão após 12 de julho - um ano depois da posse na atual -, e, como você falou, vou ter tempo bastante para amadurecer a idéia. Vou torcer para que dessa vez, só dessa vez, os dados me sejam favoráveis. Torçam por mim.
1968: o ano que não
terminou 84 Charing Cross Road A Casa dos Espíritos A Cidade das Feras A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo A Guerra do Fim do Mundo
A invasão da América Latina
A Metamorfose A morte de Iván Ilitch
A mulher na construção do mundo futuro A revolução dos bichos
A Saga dos Plantagenetas A Tempestade dos Sonhos
Adeus às armas
Admirável Mundo Novo
As veias abertas da América Latina
Assim Falou Zaratustra Cem Anos de Solidão
Dom Quixote de la Mancha De Amor e de Sombras
Do Contrato Social El Plan Infinito Garibaldi & Manoela Máquina de Pinball Memória de minhas putas tristes
Memórias do Cárcere
Meu amigo Che Meu país inventado Mitologia ao alcance de todos Moça, interrompida Nas fronteiras da loucura O Amor nos Tempos do Cólera O Apanhador no Campo de Centeio O caçador de pipas O Guia do Mochileiro das Galáxias O homem e seu algoz
O lobo da estepe O príncipe
O processo O que eu amava O senhor das moscas
O tempo e o vento
O velho e o mar
O vermelho e o negro O vôo da gaivota Os ancestrais de Avalon Os catadores de conchas
Os dez dias que abalaram o mundo Os Incas: a princesa do Sol
Os seis meses em que fui homem
Os Maias
Os Sertões Paula
Perto do coração selvagem Pride and Prejudice Razão e Sentimento Relato de um náufrago
Terra e Cinzas Violetas na Janela Zona Morta