terça-feira, março 30, 2004


Deve haver algum sentido oculto pra essa agonia, esse "vai-não-vai" sem fim. Tem que ter.

Karla às 17:43 ::




Hoje o meu maior desejo era que o mundo fosse gay.

Karla às 17:30 ::



  segunda-feira, março 29, 2004


Meu reflexo e sua sombra.

Karla às 00:51 ::




Cansada. De tudo e de todos. De ficar feito personagem de desenho animado, "assobiando", fingindo não ser comigo que estão acontecendo essas coisas. E mais última semana de aulas, trabalhos, provas. Stress, stress e mais stress no Banco. Uma coisa foi boa: a urticária se foi. O médico quer que eu faça exame de estômago, e já tô tomando um remédio para úlcera, refluxo, coisa parecida. Ia pedir um pra dor-de-cotovelo, mas fiquei com vergonha. Embora me ache bonita, nunca fui particularmente muito vaidosa, mas nos últimos dias deixei até de me preocupar com roupas: visto a primeira que aparece na frente, e nem me lembro a última vez que comprei alguma (e olha que trabalho num shopping...). O ex voltou a mandar mil e-mails, torpedo pro celular, mas tô com tanto medo de sofrer de novo que fico dizendo pra mim mesma que é só ilusão, que ele não quer voltar, e que, se isso acontecer, vai acabar "do nada", como antes. Pessimista de carteirinha, vejam só, sou sócia fundadora. A velha sensação de que os deuses estão jogando os dados e eu perdendo todas as apostas. Mas eles que tomem cuidado, porque no dia em que eu ganhar...

Karla às 00:18 ::



  terça-feira, março 23, 2004


Sabe aquela coisa que você passa a vida toda temendo que aconteça? Pois é, aconteceu, ontem. Não, não vou entrar em detalhes; tenho vergonha só de pensar, e receio do estigma a que eu me auto-impus. Na verdade, nem sei se foi tão ruim assim, já que, na minha opinião, é melhor ver a coisa explodir de uma vez a ficar sofrendo aos poucos, tendo sobressaltos a todo instante, refém do medo. Ainda tô meio anestesiada, foi tão irreal que às vezes me pergunto se realmente aconteceu (a gente acaba achando que só acontece com os outros, mas os outros também somos nós). Há quase quinze dias falei pra psicóloga que eu era uma pessoa fraca, porém agora não penso mais assim: eu sou é muito forte, pra agüentar tudo isso firme e não deixar os de fora perceberem o que aconteceu. Claro que no começo do dia houve momentos em que só queria gritar pra todo mundo me deixar em paz pra eu poder lamber as minhas feridas, mas passou. Tudo passa, agora sei disso. O melhor de tudo é aquela intuição lá no fundo me dizendo que esse acontecimento foi uma espécie de marco divisório, e que o depois vai ser muito diferente. Tomara.

Karla às 17:55 ::



  domingo, março 21, 2004


Eu já sabia...




Mês que vem entro na yoga; apelo até pra hipnose, se não adiantar. Mas que eu vou me livrar dessa urticária de todo jeito, ah, isso vou...

Karla às 20:02 ::



  sexta-feira, março 19, 2004




Bonito isso, né? Não sei se achei, não. Mensagem recebida hoje - acompanhada de outras 9 (?) não tão pessoais - diretamento do cara-que-não-sabe-o-que-quer. Note a sutileza: frase de efeito com rosas vermelhas ao fundo; típico. Decidi fazer o gênero "não tô nem aí" e apenas "deixar rolar", como sempre me aconselharam, fingir que foi mais um e-mail. Agora vou usar a cabeça e tentar não me machucar (tanto). É, Taci, você tá certa: eu (assim como todo mundo, né?) não mereço sofrer.

Karla às 22:55 ::



  quarta-feira, março 17, 2004


EVERYBODY HURTS
(REM)


When the day is long and the night, the night is yours alone,
when you're sure you've had enough of this life, well hang on.
Don't let yourself go, everybody cries and everybody hurts sometimes.

Sometimes everything is wrong. Now it's time to sing along.
When your day is night alone, (hold on, hold on)
if you feel like letting go, (hold on)
when you think you've had too much of this life, well hang on.

Everybody hurts. Take comfort in your friends.
Everybody hurts. Don't throw your hand. Oh, no. Don't throw your hand.
If you feel like you're alone, no, no, no, you are not alone

If you're on your own in this life, the days and nights are long,
when you think you've had too much of this life to hang on.

Well, everybody hurts sometimes,
everybody cries. And everybody hurts sometimes.
And everybody hurts sometimes. So, hold on, hold on.
Hold on, hold on. Hold on, hold on. Hold on, hold on.
(Everybody hurts. You are not alone.)

Karla às 23:13 ::




Não, não passei todos esses dias dormindo; a Kava kava é ótimo, mas não evitou que eu passasse ontem a noite em claro por causa de uma urticária alérgica. Aliás, a urticária, já que foi do mesmo tipo que tive em 2002. Mas, quer saber? Prometi e vou cumprir: não vou mais me lamentar aqui no blog. Tô assistindo as coisas acontecerem na minha vida como se não fosse comigo, e, assim, tentar não enlouquecer com perguntas tipo "o que fiz para merecer isto?". Não é verdade que tudo passa? Então. Tô aqui, esperando.

Karla às 19:33 ::



  domingo, março 14, 2004


Quem souber de algum hospício que esteja aceitando novos hóspedes, favor me avisar. Só tenho uma exigência: que os de lá sejam menos loucos que os daqui de casa.

Karla às 19:17 ::



  quinta-feira, março 11, 2004


Bendita Kava kava, dormi a noite toda...

Karla às 23:12 ::



  quarta-feira, março 10, 2004


Kava kava

Outra noite sem dormir: cabeça "pesada", corpo todo dolorido e, mesmo com as idéias meio "embaralhadas", decidi que de hoje não passa; agora já é pessoal (tá atrapalhando a minha vida!) - ela vai me ajudar.

Karla às 22:48 ::



  terça-feira, março 09, 2004


Só conseguir dormir lá pelas 3h, acordei um "caco" e decidi não trabalhar hoje. Tenho folgas pendentes, não tinha nada de urgente pra fazer, mas mesmo assim fica o sentimento de culpa - por faltar o trabalho - do qual não consigo me livrar. Boba, boba, boba.

Minha cabeça tá melhor, não morri, não matei ninguém (só tentei exterminar a criancice de dentro de mim), tô conseguindo enfrentar o dia sem chorar, mas o que é que eu faço com a insônia?

Karla às 14:49 ::



  segunda-feira, março 08, 2004


Li por aí: "There has always been heartache and pain; but when it's over you'll breathe again". É, Beth, tô me sentindo mais forte, sim. Quem sabe um dia eu aprenda a conviver comigo mesma...

Enquanto isso, Elisa Lucinda.

Karla às 00:26 ::




Posso sonhar? Pois bem: uma semana das férias numa bela pousada à beira-mar, sem horários, sem agitos, até. Pode ser aqui perto, desde que não seja tão perto assim. Caminhar todos os dias, comer muito peixe, fazer sumir esta cor branco-escritório e, de quebra, todo o stress. E não precisar gastar muito, economizando pro futuro - que eu espero não seja tão longíquo - apê. Mas o melhor mesmo seria voltar e encontrar pessoas menos indecisas (eu incluída) e dispostas a se arriscar pra ser feliz. Ilusão pouca é bobagem.

Karla às 00:08 ::



  domingo, março 07, 2004


Rádio Trash 80's. Vontade de chorar.

Karla às 20:53 ::




Ouvir da minha mãe que ela lembrou de mim ontem na novela (?) foi demais: segundo a própria, foi na hora em que a Maria Clara Diniz (?) perguntou por que é que a gente não escolhia por quem se apaixonava. E ainda comparou o tal personagem do Marcos Palmeira com o meu ex. Eu poderia até ter dito que, no meu caso, ele já tinha se separado, sem filhos, e a ex-mulher também não quer mais nada com ele (embora não tenha engolido muito bem eu ter sido a primeira namorada pós-separação), mas deixei pra lá, não quis gastar saliva à toa. No entanto, o pior de tudo foram as perguntas que ela fez sobre ele, dando a entender que tava torcendo pra gente voltar. Depois de tanto sermão, agora que acabou tá dando força. Deus do céu, agüento isso não, quero uma família normal, pode ser?

Karla às 15:48 ::



  sábado, março 06, 2004


Legolas
A última pessoa que não havia assistido ainda "O Retorno do Rei" não existe mais: finalmente consegui vê-lo todinho, num cinema decente e sem nenhum "cabeção" na minha frente. A-DO-REI as cenas de guerra e a seqüência dos "faróis" se acendendo; não vou nem falar no Viggo "Aragorn" Mortensen - esse é hors-concours - mas o Orlando "Legolas" Bloom rendeu bons suspiros, só aqueles cabelos... Já contei que adoro homem cabeludo?

Karla às 22:59 ::




Decepções. Dúvida. Sabe o que é? Não sei se ainda quero alguém mais complicado que eu. Mas o coração ainda dispara, as mãos suam, etc. Droga, nem eu me entendo...

Karla às 00:05 ::



  quinta-feira, março 04, 2004


Finalmente uma noite inteira muito bem dormida, aleluia. Diagnóstico? Stress, pensaram que eu tava exagerando quando disse que precisava de férias? Falando nelas, 31 dias, e contando. (E não tomo jeito: quase meia-noite e não saio da frente do computador...)

Ontem ganhei, sem mais nem menos (só porque perguntei a ele lá no Banco se ia passar LOTR de novo), de um funcionário do cinema do outro shopping, um convite pra assistir qualquer sessão. Vou tomar mesmo vergonha na cara e dar um pulinho lá (tô louca pra ver "Something's Gotta Give"). :-)

Demorou toda a manhã, mas ler o "obrigado, de coração" valeu a pena.

Karla às 23:58 ::



  terça-feira, março 02, 2004


Tô melhor, só precisando colocar o sono em dia; amanhã NÃO quero completar duas semanas de insônia.

Acabei o trabalho "trabalhoso" da facul, promessas de um "programa de índio" domingo no horto florestal e tá voltando a sensação de que tudo vai acabar bem no final, basta ter paciência.

Continuo puxando o côro com o Tim: "O que eu quero, é sossego..."

Karla às 23:38 ::



  segunda-feira, março 01, 2004


No meio desse "vendaval", coisas boas e ruins, como não pode deixar de ser:

1) Vírus Redlof no micro (esse eu nem conhecia!) - nada que duas pitadas de Norton comprado às pressas hoje não tenha sido capaz de neutralizá-lo;

2) Caixa de chocolate sexta e livro hoje: presentes de clientes (mulheres), "só porque você é um doce, K", e eu vermelha feito um pimentão;

3) Descobri que a ex (mulher) do meu ex (namorado) aprontou alguma coisa contra mim na época em que ainda estávamos namorando - não sei se fico contente com o e-mail "como antigamente" que ele mandou hoje ou se fico com raiva dele por ter acreditado nela ou volto pra ele sem pensar duas vezes ou largo tudo e vou me refugiar num mosteiro do Tibet.


Er... quem acha que colou levante o braço.

Karla às 23:26 ::




Surtei ao pensar na possibilidade de alguém da facul ter entrado acidentalmente no antigo blog e lido toda a minha vida. Eu já falei que nem minha irmã sabe que eu tenho um blog? Pois é, privacidade total pra mim ainda é pouco. Porque é facílimo escrever as minhas bobagens pra vocês que moram longe - embora eu queira muito conhecer todos a quem mandei o e-mail com o novo endereço -, mas pensar que uma colega de trabalho fofoqueira, por exemplo, pode ter acesso a todos os meus pensamentos me dá arrepios. É quase como se eu tivesse sem roupa na frente de todo mundo (o que, aliás, é um sonho freqüente desde que eu estudava num colégio de freiras - isso dá uma ótima análise psicológica, né, Xará?).

Esse foi o texto que tava salvo no w.bloggar desde ontem, e teria sido até uma boa desculpa, acho. Mas se eu posso enganar a todos, a mim não consigo: a verdade é que já faz umas duas semanas que não consigo dormir, não como direito, choro à toa e até a minha menstruação voltou depois de só alguns dias, coisa que nunca havia acontecido nesses 17 anos. Sensação de não pertencer a lugar algum: casa, trabalho, amigos, vida afetiva - parece que em nenhuma dessas áreas nada dá certo. "Crise existencial", disse a psicóloga. Sim, e daí? No princípio a questão era: sufoco essa angústia e saio por aí como se nada tivesse errado ou a encaro de frente, para ver até onde ela pode me levar? Escolhi essa última quando não passava de uma dorzinha discreta, e agora não sei o que fazer com essa agonia dilacerante aqui dentro. Não, não é depressão; é "só" o espanto de sentir a vida, outrora tranqüila como um bonde sobre trilhos, estar desgovernada e eu sem freios para controlá-la. E se me perguntarem o que foi que aconteceu pra desencadear isso, vou ser bem sincera: nada. Não morreu ninguém próximo, não fui despedida, tô bem de saúde e até recebi com uma grana extra mês passado. Toda essa confusão é obra da minha mente traiçoeira, que vive querendo achar sentido pra tudo. Já pensei em entrar como voluntária num hospital ou asilo carente pra ver sofrimento de verdade e descobrir que tudo não passa de "capricho" de menina que reluta em crescer, mas o medo da sensação ficar reprimida e voltar depois com força redobrada é maior que tudo. Desta vez, preciso pagar pra ver.

Karla às 23:07 ::



alta fidelidade
andrei
biscoito doce
blowg
catarro verde
cláudia beatriz
descafeinado
drops da fal
hynkel
karla dani
leite de pato
naomi
quarto escuro
querido leitor
sentimentos
sorvete de casquinho
talk on corners

Assinar
Postagens [Atom]




burburinho
clipping de notícias
gmail
hotmail
iGmail
orkut
rádio trash 80's


fevereiro 2002
março 2002
abril 2002
maio 2002
junho 2002
julho 2002
agosto 2002
setembro 2002
outubro 2002
novembro 2002
dezembro 2002
janeiro 2003
fevereiro 2003
março 2003
abril 2003
maio 2003
junho 2003
julho 2003
agosto 2003
setembro 2003
outubro 2003
novembro 2003
dezembro 2003
janeiro 2004
fevereiro 2004
março 2004
abril 2004
maio 2004
junho 2004
julho 2004
agosto 2004
setembro 2004
outubro 2004
novembro 2004
dezembro 2004
janeiro 2005
fevereiro 2005
março 2005
abril 2005
maio 2005
junho 2005
julho 2005
agosto 2005
setembro 2005
outubro 2005
novembro 2005
dezembro 2005
janeiro 2006
fevereiro 2006
março 2006
maio 2006
junho 2006
julho 2006
setembro 2006
novembro 2006
dezembro 2006
janeiro 2007
fevereiro 2007
março 2007
abril 2007
maio 2007
junho 2007
julho 2007
agosto 2007
novembro 2007
dezembro 2007
janeiro 2008
fevereiro 2008
março 2008
maio 2008
julho 2008
setembro 2008
novembro 2008
junho 2009
dezembro 2009




1968: o ano que não terminou
84 Charing Cross Road
A Casa dos Espíritos
A Cidade das Feras
A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo
A Guerra do Fim do Mundo
A invasão da América Latina
A Metamorfose
A morte de Iván Ilitch
A mulher na construção do mundo futuro
A revolução dos bichos
A Saga dos Plantagenetas
A Tempestade dos Sonhos
Adeus às armas
Admirável Mundo Novo
As veias abertas da América Latina
Assim Falou Zaratustra
Cem Anos de Solidão
Dom Quixote de la Mancha
De Amor e de Sombras
Do Contrato Social
El Plan Infinito
Garibaldi & Manoela
Máquina de Pinball
Memória de minhas putas tristes
Memórias do Cárcere
Meu amigo Che
Meu país inventado
Mitologia ao alcance de todos
Moça, interrompida
Nas fronteiras da loucura
O Amor nos Tempos do Cólera
O Apanhador no Campo de Centeio
O caçador de pipas
O Guia do Mochileiro das Galáxias
O homem e seu algoz
O lobo da estepe
O príncipe
O processo
O que eu amava
O senhor das moscas
O tempo e o vento
O velho e o mar
O vermelho e o negro
O vôo da gaivota
Os ancestrais de Avalon
Os catadores de conchas
Os dez dias que abalaram o mundo
Os Incas: a princesa do Sol
Os seis meses em que fui homem
Os Maias
Os Sertões
Paula
Perto do coração selvagem
Pride and Prejudice
Razão e Sentimento
Relato de um náufrago
Terra e Cinzas
Violetas na Janela
Zona Morta


Powered by

Feira Livre Templates