segunda-feira, outubro 31, 2005


Nada interessante pra postar (quer dizer, ainda menos interessante do que nos outros dias). Exames, perícia médica, retorno ao trabalho segunda, dia 07. A quantidade de horas de sono foi diminuindo até chegar a só duas, ontem: algo não vai bem nesse meu organismo maluco.

Medo: minha avó materna sempre foi muito ativa, até não ter mais condições de fazer trabalhos manuais - cozinha, jardinagem, etc - e então começou a ficar com a memória fraca, a dizer coisas desconexas até, no final, seu cérebro parecer o de uma criança pré-escolar (tenho até hoje um caderno com rabiscos dela, iguais aos dos que ainda não aprenderam a escrever). Aí eu observo - e sou boa nisso, infelizmente! - a minha mãe: sempre ativíssima, "mandona", seguríssima de si, após 40 anos de trabalho, há dois aposentou-se, e agora, aos 60, não quer mais dirigir, anda insegura, diz que não sabe mais "resolver as coisas" e anda muito "esquecida". Ela e a mãe nunca gostaram muito de ler ou estudar, então aí entra a minha indagação: será genético ou causado pelo "enferrujamento" do cérebro?

A guerra de Tróia sob a ótica das mulheres e dos homens. No primeiro, as mulheres são as heroínas, enquanto que no segundo - até agora, pág. 60 - os homens são meros marionetes dos deuses. Qual a melhor/mais verossímil/mais empolgante?

E aí que a amiga, depois de 6 meses de namoro, engravida, noiva, perde o bebê por raiva das sacanagens do cara, volta, casa mesmo assim, separa, volta, separa, volta, engravida, diz que ele "só" tem um problema (o alcoolismo) e vai levando essa "vidinha". Dependência financeira? Que nada: linda, inteligente, Promotora de Justiça (que comprou o apê sozinha porque ele não tinha dinheiro) - é masoquismo mesmo.

Karla às 21:22 ::



  quinta-feira, outubro 27, 2005


Passei na Siciliano, pra quê? Acabei comprando os pockets "O Morro dos Ventos Uivantes", "Tróia" e, por apenas R$ 14,99, o 4º. livro da Saga dos Plantagenetas: "O Príncipe das Trevas". De tanto ouvir "Wuthering Heights" deu vontade, Naomi...

Não agüento mais: quando, finalmente, trocaram o gravador de CD, a porcaria não tá lendo os DVDs. Querem saber? Desisto.

Fui ao ortopedista daqui que me acompanha desde o início das cirurgia e ele me esclareceu um mooonte de dúvidas. Puxa vida, se eu não tivesse tomado cuidado a cirurgia tinha ido por água abaixo, e o cirurgião famoso nem aí pra dizer o que eu devia fazer...

Sabe aqueles sonhos com castelos medievais? Então, tava demorando mesmo pra eu começar com essas fantasias... Freud explica.

Karla às 00:46 ::



  sexta-feira, outubro 21, 2005


Numa semana o braço tá doendo, o micro com um barulho horrível e sem gravador de cd/dvd, medo de demorar a vender o carro; oito dias depois o braço tá bom (a cicatriz vai ficar menos feia do que a anterior!), o micro voltou da assistência "zero bala" (e eu não gastei nada) e o carro foi vendido pra terceira pessoa que o viu (e o dinheiro já tá na minha conta). Só não vou é reclamar...

Mais 15 dias de licença, com o braço imobilizado, mas agora já dá pra sair de casa e ir, ao menos, ao cinema. E ontem, na casa de uns amigos, ainda me espanto com a facilidade com que um cara troca de namorada - não "casinho", namorada séria, de apresentar pra todo mundo - como quem troca de roupa. Não posso deixar de pensar que não queria estar na pele da ex...

Ah, está confirmado (eu levo jeito pra detetive mesmo, quem diria!): ele é mesmo homo, embora bem discreto; só não decidi ainda se fico lisonjeada ou chateada...

Ela sampleou "Gimme, Gimme" e ficou muito legal, aleluia!

Karla às 19:46 ::



  sábado, outubro 15, 2005


Overdose de música, TV, micro. Já acostumei com a dor, só não sei onde vou arranjar tanta paciência para ficar mais alguns dias sem sair de casa: o mundo passando lá fora e eu aqui... As teias de aranha se acumulando ao lado do meu corpo, um horror!

E-books são legais e já economizei uma boa grana por causa deles, mas gosto de pegar nos livros, virar as páginas... Isso é normal?

Karla às 19:44 ::



  quinta-feira, outubro 13, 2005


Vou falar uma vez só, para não alimentar o desânimo: 54 pontos no braço (recorde!), punho e polegar totalmente imobilizados e raiva do médico que me enganou dizendo que era uma cirurgia "simples". Não sei com que cara vou avisar pros meus chefes que vou ficar ainda mais tempo de licença... Vou ali ver se a dor no punho passa e já volto.

Karla às 21:04 ::



  quarta-feira, outubro 12, 2005


O meu pedido de isenção de ICMS para a compra do carro foi deferido, viva! Agora "só" falta entrar com o mesmo pedido na Receita Estadual de SP e pedir o carro; segundo a funcionária da concessionária, ele deve chegar daqui a uns 45 dias, e, com ele, a minha liberdade de ir e vir. Melhor notícia do que essa só o médico amanhã me dizer que tá tudo ótimo, depois de tirar o gesso do braço.

Fiz o trabalho sobre Florestan Fernandes: ficou "meia-boca", mas a professora morreu de pena de mim ao ver o meu braço, que era só eu ter dito que não pude terminá-lo que ela teria entendido (a tentação foi forte, admito, mas a profa. é tão bacana com a gente que não tive coragem.

Eu sabia que a tchurma lá dos tempos medievais era barra-pesada, mas juro que fiquei desconfiada que, em Prelúdio de Sangue, Jean Plaidy tivesse enfeitado demais as peripécias de Eleanor de Aquitânia, mas era mesmo "carregada" (como se diz aqui na cidade), a "moça"!

Ótimo site com e-books de literatura nacional e estrangeira: e-books brasil; eu já baixei um mooonte, aproveitem.

Karla às 21:44 ::



  domingo, outubro 09, 2005


Por uma razão que desconheço, mesmo sem estar incluída no meu pacote, neste final de semana está pegando a HBO na minha casa. Vou lá assistir Rome (vão por mim, a minissérie é boa mesmo)...

P.S.: A abertura do sinal foi proposital, para que assistíssemos aos dois primeiros episódios da série e fôssemos lá correndo assinar o resto do pacote... Bom, nada que uma boa busca no e-mule não resolva... ;)

Karla às 22:00 ::



  sexta-feira, outubro 07, 2005


Os antibióticos fizeram a insônia voltar, e "Hey little girl" no repeat do meu Winamp.

Eu daria tudo pra ter visto os colegas das outras agências bagunçarem a mesa do gerente fura-greve.

Muita chuva. Ah, mas aqui no quarto estou sempre protegida. (Será?)

Karla às 23:41 ::



  quinta-feira, outubro 06, 2005


Tudo bem: sobrevivi a mais uma cirurgia. Fiquei decepcionada ao acordar e ver o braço todo (até o cotovelo) enfaixado, e com gesso - pensei que o curativo seria pequeno, dessa vez. Mas a melhor foi o que o médico falou, quando foi me ver, no quato: "ah, tirei as placas, viu?" "C-como assim, 'tirou'?" - pensei. "E podia?" - falou a minha mãe, sem querer. A droga é que eu ainda tava "grogue", e deixei de fazer um monte de perguntas. As placas que ele falou eram as que tinham sido colocadas na última cirurgia, para ligar o pedaço da fíbula ao que tinha sobrado do rádio e à ulna. Agora não dá pra fazer nada, já foi, mas que eu tô morrendo de medo do braço estar mais fino e frágil do que antes, ah, tô...

A recuperação tá boa, já não me assusto e até suporto com bom humor uma dorzinha que sei que não passa nos primeiros dias; experiência, nesses casos, ajuda, e muito. Claro que teve que ter um enjôo pós-anestesia, mas nada que uma injeção de Plasil não desse jeito. E dessa vez, nada de "batizar" calça de enfermeira: fiquei de jejum até chegar em casa (21 horas, no total!), pra não correr, também, o risco de vomitar no táxi.

E eu ainda não acredito que falei no telefone com a minha melhor amiga, ainda no hospital, e não lembro na-di-nha, nem uma palavra. Corri pra ligar pra ela hoje e perguntar se falei muita besteira, mas, segundo ela, tava normal. Eu, hein... Ah, e lembro também de ter conversado alguma coisa com os médicos na sala de cirurgia, no final, mas o que foi, não tenho a mínima idéia. Quer saber meus segredos? Espere até eu acordar de uma cirurgia que conto tudinho. Da próxima vez - se tiver a coragem de fazer a plástica -, vou lembrar de colocar um esparadrapo na minha boca, por segurança, vocês vão ver.

Digitar com uma só mão é horrível, ainda tenho que fazer um trabalho sobre Florestan Fernandes que deve levar o dobro do tempo do que em condições normais, mas tô feliz. Enquanto der pra consertar o braço, tô tentando: só posso agradecer pro pessoal lá de cima tudo estar dando tão certo, né não?

Karla às 19:33 ::



  sábado, outubro 01, 2005


Micro de novo na assistência: já perdi mais de 10 CDs, finalmente eles decidiram que o gravador não tem mais jeito, e, por estar na garantia, o gabinete tá com um buraco esperando chegar outro (tomara que esse dure mais de um ano).

Eu e uns poucos colegas fizemos greve na quarta - tem sempre uns "maria vai-com-as-outras", é incrível! -, o gerente não gostou, nos chamou no outro dia para uma "conversa" na sala de reuniões, deixei que ele terminasse o sermão de "representante do capitalismo financeiro" (foi muito cliché: veio até com a história de "mão-de-obra de reserva", vê se eu agüento?), respirei fundo e rebati, com calma, to-dos os argumentos dele, e até agora tô orgulhosa de mim mesma. Era ele falando e eu ficando gelada de raiva, pensando que o aumento de salário que nós conseguiríamos com a greve ele não ia devolver, o hipócrita! O bom é que ele, que sempre tentou criar um clima de intimidade com todo mundo, e nunca conseguiu comigo, agora desistiu de vez, e deixou até de me chamar pelo diminutivo. Só não deixou ainda de beijar e/ou abraçar todos os funcionários todos os dias quando chega, o que, para mim, ao invés de ser uma demonstração de "abertura", nada mais é do que uma tentativa de forçar intimidade. Bom: eu não vou é com a cara dele, e não gosto de ter de beijá-lo todas as manhãs e pronto.

Tá marcada para próxima quarta, dia 5, a 4ª. cirurgia, que, espero, seja muito bem-sucedida e me livre do incômodo de usar a tala o tempo todo (se eu ficar usando só pra dormir, já vai valer a pena). Às vezes, por pouco tempo, fico desanimada só em pensar que vão abrir o meu braço de novo, mas a vontade de ver o punho voltar ao normal predomina. Tomara que essa seja a penúltima, e só me reste a plástica, em um futuro não muito distante.

Vou ali dormir, que os vizinhos já devem ter caído, mortos de bêbados, depois de tanto batucar e cantar pagode/forró, e o silêncio voltou a reinar na minha rua. Arrivederci!

Karla às 23:40 ::



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