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Micro de novo na assistência: já perdi mais de 10 CDs, finalmente eles decidiram que o gravador não tem mais jeito, e, por estar na garantia, o gabinete tá com um buraco esperando chegar outro (tomara que esse dure mais de um ano).
Eu e uns poucos colegas fizemos greve na quarta - tem sempre uns "maria vai-com-as-outras", é incrível! -, o gerente não gostou, nos chamou no outro dia para uma "conversa" na sala de reuniões, deixei que ele terminasse o sermão de "representante do capitalismo financeiro" (foi muito cliché: veio até com a história de "mão-de-obra de reserva", vê se eu agüento?), respirei fundo e rebati, com calma, to-dos os argumentos dele, e até agora tô orgulhosa de mim mesma. Era ele falando e eu ficando gelada de raiva, pensando que o aumento de salário que nós conseguiríamos com a greve ele não ia devolver, o hipócrita! O bom é que ele, que sempre tentou criar um clima de intimidade com todo mundo, e nunca conseguiu comigo, agora desistiu de vez, e deixou até de me chamar pelo diminutivo. Só não deixou ainda de beijar e/ou abraçar todos os funcionários todos os dias quando chega, o que, para mim, ao invés de ser uma demonstração de "abertura", nada mais é do que uma tentativa de forçar intimidade. Bom: eu não vou é com a cara dele, e não gosto de ter de beijá-lo todas as manhãs e pronto.
Tá marcada para próxima quarta, dia 5, a 4ª. cirurgia, que, espero, seja muito bem-sucedida e me livre do incômodo de usar a tala o tempo todo (se eu ficar usando só pra dormir, já vai valer a pena). Às vezes, por pouco tempo, fico desanimada só em pensar que vão abrir o meu braço de novo, mas a vontade de ver o punho voltar ao normal predomina. Tomara que essa seja a penúltima, e só me reste a plástica, em um futuro não muito distante.
Vou ali dormir, que os vizinhos já devem ter caído, mortos de bêbados, depois de tanto batucar e cantar pagode/forró, e o silêncio voltou a reinar na minha rua. Arrivederci!
Karla
às 23:40 ::
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