segunda-feira, março 01, 2004


Surtei ao pensar na possibilidade de alguém da facul ter entrado acidentalmente no antigo blog e lido toda a minha vida. Eu já falei que nem minha irmã sabe que eu tenho um blog? Pois é, privacidade total pra mim ainda é pouco. Porque é facílimo escrever as minhas bobagens pra vocês que moram longe - embora eu queira muito conhecer todos a quem mandei o e-mail com o novo endereço -, mas pensar que uma colega de trabalho fofoqueira, por exemplo, pode ter acesso a todos os meus pensamentos me dá arrepios. É quase como se eu tivesse sem roupa na frente de todo mundo (o que, aliás, é um sonho freqüente desde que eu estudava num colégio de freiras - isso dá uma ótima análise psicológica, né, Xará?).

Esse foi o texto que tava salvo no w.bloggar desde ontem, e teria sido até uma boa desculpa, acho. Mas se eu posso enganar a todos, a mim não consigo: a verdade é que já faz umas duas semanas que não consigo dormir, não como direito, choro à toa e até a minha menstruação voltou depois de só alguns dias, coisa que nunca havia acontecido nesses 17 anos. Sensação de não pertencer a lugar algum: casa, trabalho, amigos, vida afetiva - parece que em nenhuma dessas áreas nada dá certo. "Crise existencial", disse a psicóloga. Sim, e daí? No princípio a questão era: sufoco essa angústia e saio por aí como se nada tivesse errado ou a encaro de frente, para ver até onde ela pode me levar? Escolhi essa última quando não passava de uma dorzinha discreta, e agora não sei o que fazer com essa agonia dilacerante aqui dentro. Não, não é depressão; é "só" o espanto de sentir a vida, outrora tranqüila como um bonde sobre trilhos, estar desgovernada e eu sem freios para controlá-la. E se me perguntarem o que foi que aconteceu pra desencadear isso, vou ser bem sincera: nada. Não morreu ninguém próximo, não fui despedida, tô bem de saúde e até recebi com uma grana extra mês passado. Toda essa confusão é obra da minha mente traiçoeira, que vive querendo achar sentido pra tudo. Já pensei em entrar como voluntária num hospital ou asilo carente pra ver sofrimento de verdade e descobrir que tudo não passa de "capricho" de menina que reluta em crescer, mas o medo da sensação ficar reprimida e voltar depois com força redobrada é maior que tudo. Desta vez, preciso pagar pra ver.

Karla às 23:07 ::



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