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"é que quando se é tão especial assim com vc, não se encontra ninguém a nível..."
"vc é tão especial que quer se sentir normal... me entende não é?"
Isso aí foi o Flavinho que escreveu hoje, no ICQ. Me fez pensar, sabe? Dessa vez deixei o meu complexo de inferioridade de lado e botei a cabeça pra funcionar. Acho que não é egocentrismo demais dizer: é verdade, eu sou especial! Pronto, falei! Não é a questão de me achar especial por ser melhor que os outros, mas sim por ser diferente, será que dá no mesmo? Hoje à tarde Mad. me chamou pra ir lá pra Camboinha e fui, e teve uma hora que eu tive mesmo uma sensação, uma espécie de certeza de que sou diferente dos que ali estavam. Fiquei pensando na diferença de gostos, opiniões e até alguns valores; sensação (velha conhecida, e eu não sabia reconhecê-la) de ser um peixe fora d'água. Esse reconhecimento é novo pra mim (mais uma novidade!), e me assusta: será que vou aprender logo a conviver com essa descoberta? Porque agora não sinto mais que sou aquela Karla de antes; claro que acho ótimo mudar (ou colocar o que estava dentro para o mundo exterior), principalmente se for para melhorar a minha vida e a visão que tenho de mim mesma, mas não deixa de ser assustadora essa reviravolta. Anos e anos de repressão, só ouvindo e seguindo as ordens dos supostos "conhecedores da verdade", e de repente descobrir que podem ser postos em prática os mais profundos (e conflitantes) desejos, e que podem ser respeitadas as "maluquices" retiradas desta "cabeça-pensante", só com várias sessões de análise para esta frágil (pseudo-forte, in fact) pessoinha agüentar o "tranco"...
Karla
às 23:38 ::
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