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E por falar em "ex", eu me pego me surpreendendo, apesar de tudo, com rapidez da(s) minha(s) recuperação(ões): não entendo como algumas pessoas passam meses a fio se desesperando, chorando e se descabelando por causa de um amor perdido. Tudo bem, vai ver que é porque nunca amei alguém de verdade, mas mesmo assim não sei se ficaria tanto tempo chorosa por causa de um fora, não. Olha, eu sofro, sinto bastante falta da pessoa, mas tem algo aqui dentro, uma espécie de instinto de proteção, que não me deixa definhar, e depois de algum tempo - relativamente curto, quase sempre - sofrendo, de repente um dia acordo e descubro (ou acabo percebendo, o que antes não conseguia) que essa pessoa nem era tão essencial assim à minha vida, e que continuo viva, mesmo depois da tempestade. Às vezes eu acho que esse instinto de proteção nada mais é do que uma egolatria disfarçada, e me preocupo um pouco, com medo de tudo "descambar" num egoísmo sem limites, afastando-me de todos. Engraçado, esse meu medo... Aliás, que bela dualista eu sou (geminiana, enfim): em alguns momentos, odeio a mim mesma por ter me rebaixado e agido contra a minha vontade só pra não contrariar os que me rodeiam, que estão se lixando pros meus sentimentos; em outros, temerosa de que o meu ego ultrapasse a barreira atmosférica. Vai entender...
Karla
às 23:16 ::
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