sexta-feira, junho 21, 2002


Na verdade, fico me achando a maior falsa, por não estar com muita vontade de ficar com ele e, mesmo assim, continuar o namoro; em outros tempos, já teria acabado, sem dúvida. Mas agora quero crer que estou diferente, e não tomo mais decisões tão precipitadamente como antes. O que preciso entender - será que é preciso? - é o porquê dele continuar comigo, já que sinto também que ele não gosta de mim. É estranho: meia hora depois que ele me deixou em casa, ligou de novo chamando pra ir ao Habib's, já que uns amigos estavam lá. Parece que ele me quer ao seu lado, só não sei direito a razão. Fomos e foi muito bom, já que o pessoal era legal (Dudu, Cibele e Genival, pra deixar registrado), mas não consigo esconder de mim mesma a impaciência de aturar o lado consumista dele (fora do normal), e também grande parte dos temas das suas conversas. E aí fico me perguntando, no meio do shopping, o que é que eu tô fazendo ali, ao lado dele, o que fiz da minha vida, porque é que só atraio homens imaturos, e outras encucações. O pior é ficar pensando no meu cantinho aqui, seguro, doida pra fugir de lá e me refugiar nele. Porque sou uma covarde, definitivamente: quero viver e aproveitar o lado bom desta existência, mas não quero entrar em contato com o mundo lá fora, quer dizer, com as pessoas que habitam esse mundo. Porque tenho medo, muito medo. Medo principalmente de ser motivo de zombaria, já que o de ser ignorada não me assusta tanto. Preciso crescer, sair do casulo em que me encontro e dizer "mundo, aí vou eu", como a maioria das pessoas o faz, tão naturalmente como o ato de respirar. E eu sei (sempre soube) que isso é bem simples, e sou eu quem complica tudo. Já tô até receosa pelo domingo no churrasco do aniversário dele: se vou ficar "por fora", se vou ficar me sentindo um "peixe fora d'água", como eu detesto essa insegurança! Porque eu sei que posso encarar tudo numa boa, mas deixo esse maldito complexo de inferioridade interferir, droga! Por que é que fica me martelando na mente a toda hora a idéia de acabar tudo, pra acabar também a agonia, se a alegria quase necessariamente vem depois da angústia? Por que eu sei disso tudo e teimo em não aceitar que o mecanismo da vida é esse? Puxa, assim não dá pra ser feliz mesmo...

Karla às 23:43 ::



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