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Tristeza. Revolta. Tudo isso e muito mais. E o Winamp insistindo em tocar AQUELA música...
Não deu. Tentei, insisti e não consegui. Entrar em Letras como graduada no próximo semestre? Vá sonhando, queridinha! "The dream is over", "tristeza não tem fim; felicidade, sim" e todos os clichês do mundo reunidos no meu pensamento naquele instante após eu ter ouvido o não dito de forma grosseira pela Coordenadora do Curso. Nem meus documentos ficaram lá. "E se sobrarem vagas?" - eu ainda tive a coragem de perguntar. "Nada, nunca sobra", foi o que eu tive que ouvir. "Plantada" que nem uma tonta em frente à Coordenação vazia e escura quase uma hora para sair com uma cara abatida, derrotada. O funcionário até que tentou me animar: "Não vai tentar outro curso?". Virei-me, desconsolada mas enfática: "Não, eu só queria se fosse Letras!". "Então vai ter que fazer vestibular..." Senti que ele notou que eu tava querendo muito ingressar no curso, mas a vida real não é como nos filmes, nos quais a mocinha sai desesperada, chorando, e o vilão, arrependido, faz uma "mea-culpa", corre atrás dela e diz: "Esquece o que eu disse, a vaga é sua, a gente dá um jeito". Pára de ler romances, Karla. Aterrisa aqui na Terra que é o teu lugar; acostuma-te, ou o farão à força...
Karla
às 22:25 ::
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