 |
E ontem à noite, enquanto minha mãe me ajudava com as compressas de gelo sobre as placas causadas pela urticária, me convenci que essa doença que anda atrapalhando a minha vida é de fundo emocional. Comecei a terapia em 2001, após a confusão com o Cara-de-pau e a minha família, e continuei religiosamente com as sessões semanais até quinze dias atrás, quando "pedi um tempo" pra psicóloga, já que o relato dos acontecimentos "relevantes" da minha vida não chegavam a durar dez minutos. Ou eu é que estou tão apática e entorpecida que já não consigo enxergar o lado bom das coisas (eu nunca consegui jogar o "jogo do contente" durante muito tempo, mesmo). O fato é que, apesar de alguns (muitos) estresses no Banco nesse último mês, até que as coisas não andam tão mal assim: nenhum desastre nos últimos tempos, contas pagas em dia e até um micro novo para distrair - só falta eu aprender a não levar tudo tão a sério. Porque eu já disse aqui que essa minha sensibilidade à flor da pele é um pé-no-saco, não? Basta o gerente-mor da agência me olhar meio atravessado ou acontecer um problema no sistema do Banco que contrarie um cliente, pronto: já estou me sentindo a última das criaturas. E nem posso usar a TPM como justificativa; 30 dias por mês de tensão já é demais. Bom mesmo seria um controle remoto que me ajudasse a dar um rewind e consertar vários erros do passado, mas isso é impossível, não é? O problema agora é tentar enfiar nessa cabeça com 29 anos de traumas e experiências más que ela precisa relaxar, e não ficar encucada o tempo todo, só esperando quando irá acontecer a próxima desgraça. Será que algum dia conseguirei dizer foda-se, deixar as coisas rolarem e não me dar mal no final? Porque nas últimas vezes paguei bem caro, não estou esquecida, mas nem tudo é derrota, não é? (Por favor, digam que não, digam que não...) (suspiro)
Vou ali torcer pra me dar bem e já volto.
Karla
às 23:45 ::
|
|
 |