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Juro que não sabia que conhecia tanta gente; quer dizer, eu sabia que conhecia, só não esperava que eles gostassem de mim a ponto de descobrir o meu telefone e endereço "só pra ver se você tá bem mesmo"; segunda tive que ligar pra duas pessoas desmarcando as "visitas", senão não daria nem pra ir ao médico. Apesar da "canseira" (ainda tô em recuperação, pô! rs), tô adorando tanto carinho. Agora há pouco, por exemplo, um ex-colega de agência veio só pra trazer um livro pra mim, "só pra você se distrair" : o famoso "Código da Vinci". Eu posso reclamar?
Apesar de um pouco de dor nos primeiros 2 dias, estou bem, e fui ontem visitar o médico que fará a próxima cirurgia: parece que será mais cedo do que eu esperava, e, possivelmente, em Recife, já que lá serão duas equipes e poderá durar menos do que as 8 (oito!) horas previstas. Estou entusiasmadíssima: além de melhorar a aparência do braço, os movimentos poderão voltar a ficar 100% normais.
Só uma observação: se alguém que você conhece está doente, mas encara tudo com bom humor, por favor não comece com lamentações, querendo que ela tenha pena de si mesma, tá? Isso faz um mal horrível. No começo achei que tinha alguma coisa errada comigo, já que não andava "chorando pelos cantos"; quando o médico tirou as faixas, depois da segunda cirurgia, olhei o braço e disse: "Tá bom, pensei que fosse ficar pior!" Claro que tá feio, um braço só com um osso não é bonito, mas quer saber? A minha alegria por ainda ter um braço, e mãos - que, modéstia à parte, são pequenas e bonitas -, e dedos, é maior do que a tristeza de ter perdido um osso, e não vou deixar que os "outros", com os seus "baldes de água fria", me façam mudar de idéia. E tenho dito.
Karla
às 14:45 ::
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