Sábado, 20:17: o dia já tá acabando e não fiz nada que pudesse ser incluído no conceito de lazer, e ainda tô de mau humor por ter concordado em ir a um chá de cozinha de uma colega de trabalho - eu me detesto. Resolução tomada: de agora em diante, "festinhas" dessas só de amigas muito próximas, e mesmo assim se não conseguir arranjar nenhuma desculpa convincente, que as minhas horas de folga estão muito preciosas para gastá-las com esses programas chatíssimos. E por falar em coisa chata, desde a semana passada tô sem graça por causa de um pedido de um casal conhecido: queriam comprar um micro no meu nome e que eu desse 10 ou mais cheques meus como pagamento, e eles depositariam todo mês o dinheiro do cheque na minha conta. Fiquei gelada, desconversei e eles entenderam que eu não tava nem um pouco disposta a fazer isso. Assim que me pediram - via celular, naquele sistema de quem tá sem crédito, dando um toque pra outra pessoa ligar de volta - lembrei do que um antigo chefe dizia: "Quem pede cheque emprestado é porque tá com o nome sujo; hoje em dia os bancos só faltam se jogar aos pés para oferecerem crédito: quem não tem é porque não merece". Coisa chata mesmo, viu? Fiquei sem jeito, mas diante de todos os casos parecidos de clientes que já vi (e que invariavelmente se dão mal no final), não me senti com nenhuma obrigação de pagar micro pros outros, não. Eu disse que eles trabalham num tribunal, em cargos de confiança, portanto sem estabilidade nenhuma? Ainda mais essa. Só comigo, por ter essa cara de "boazinha-otária", acontece essas coisas. Vou ali me chatear e já volto.
Karla
às 20:33 ::
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