E hoje foi o último dia lá na agência: festinha de despedida, cartão, lembrancinha e etc. Realmente vou sentir falta de umas duas ou três pessoas de lá, mas quando o pessoal começou a dizer "olha, não vai chorar!" quase escapou: "Chorar? Só se for de alegria!"
Karla
às 20:42 ::
É véspera de Ano Novo! Muitas festas pra ir, muitas pessoas para encontrar e as minhas opções para hoje à noite são:
a) ir pra casa da minha tia-avó, agüentar até que os tios e primos tenham bebido, comido e falado mal da vida alheia o suficiente pra ir embora enquanto nesse intervalo de puro tédio fico me perguntando o que é que eu tô fazendo ali;
b) ir pra festinha na casa de Eric ouvir hard rock a um volume ensurdecedor com os seus amigos "roqueiros" e agüentar ele dando em cima de mim bêbado enquanto eu fico me perguntando o que me deu na cabeça pra aceitar ir pra lá;
c) ficar em casa, assistir TV, ler e dormir cedo.
a) Ainda trabalharei uma semana feito uma louca até ir pra outra agência, e pra piorar vou ter que ensinar o trabalho ao substituto, que é meio "devagar";
b) Hoje foi a confraternização da turma da faculdade (estamos fazendo cinco (?) anos de formados!). Qual o problema? Estão todos casados, as vidas deles são mais chatas do que a minha, sinto-me um peixe fora d'água, e, como todo ano, ganhei alguma coisa que não terá utilidade (não gosto muito do Caetano, muito menos das músicas de novelas que ele já fez);
c) Meu pai está em casa: levanta às 5:30, faz barulho e me acorda todo dia às 6:00, sai, almoça às 14:30, vai dormir "com as galinhas" e bagunça a vida de todo mundo aqui. Ah, e ele já avisou: vai viajar dia 1.º, "bem cedo"...
d) A agência está parecendo o Pólo Norte, mas aqui fora tá um calor horrível; engordei bastante, então nem todas as minhas roupas ainda me cabem, e agora meu organismo cismou que sou uma adolescente de 27 anos e decidiu prover meu rosto e minhas costas de um monte de espinhas;
e) Sabe aquelas mechas louras no meu cabelo? Agora são ruivas...
Karla
às 19:10 ::
quarta-feira, dezembro 25, 2002
Acabei de ganhá-lo de um moço que me faz muito bem, do amigo que sempre se lembra de mim. Aquele que, sem saber, salvou o meu Natal...
Karla
às 20:06 ::
Não, sem imagens de Natal, como um Papai Noel dizendo "Ho, ho, ho" ou uma árvore iluminada; nada de cartões de papel (era a minha intenção mandá-los, mas eu tava muito ocupada com o meu umbigo, preocupando-me com os meus problemas, para ter tempo de escrevê-los). Apesar de tudo, até da minha recente descrença, aí vai a imagem perfeita para hoje:
Decidi passar a noite de Natal na cama com Isabel Allende (lendo "El Plan Infinito"), ao invés de ficar a noite toda na casa da minha tia olhando os meus primos brigarem, o pessoal se embebedando e me perguntando como eu fui parar ali. E ainda acho que vou sair no lucro.
A propósito: acordei às 5:40 pra chegar às 7:00 no Banco, fiquei SOZINHA no atendimento e a minha calça descosturou logo no começo da manhã. Por favor, não me peçam para desejar Feliz Natal hoje, ok? Obrigada.
Karla
às 20:49 ::
Eu falei que houve fraude no vestibular, não foi? Pois é, e foram anuladas (até agora) as provas referentes ao 3.º ano, realizadas terça e quarta passadas. Bom, já fui fazer as provas da quarta-feira sabendo que muita gente já tinha o "bizu" delas, então, revoltada, gostei da anulação, até porque vai dar pra eu estudar mais. O problema é que foram feitas denúncias sobre fraudes também nas primeiras provas (do 1.º e do 2.º ano, realizadas domingo e segunda): eu até me dei bem nelas, e não sei se agüento estudar tudo de novo. E, se isso acontecer, precisar pagar um cursinho realmente bom (que cobra preços extorsivos) com um dinheiro que não tenho será outro problema. E, entre um problema e outro, ainda serei obrigada a dar as boas-vindas a 2003...
Karla
às 10:16 ::
sábado, dezembro 21, 2002
Interessante depois de tantos anos eu ainda desejar ter uma profissão louca que me obrigasse a trabalhar na noite de Natal e Ano Novo: seria a desculpa perfeita pra tentar esquecer que essas datas existem. O pretexto deste ano será o fato de ter de acordar bem cedo pra ir trabalhar (o Banco abrirá às 7:00 no dia 24), portanto já espalhei que não irei a lugar algum a não ser a minha cama. Mentira: claro que não vou conseguir dormir cedo, como sempre. Vou é tentar passar o tempo lendo algum livro ou vendo algum vídeo, até porque não tem coisa mais deprimente do que filme sobre o espírito de Natal (com final feliz) ou show de "virada de ano" (será que alguém assiste isso?). Enfim, é Natal, tempo de alegria, pra quem faz parte de uma família feliz. Ah, você não faz parte desse grupo? Então seja bem-vindo: você entende perfeitamente como eu me sinto nessa época do ano...
Karla
às 18:18 ::
sexta-feira, dezembro 20, 2002
Uma ótima surpresa, emprestado por Rodrigo lá do Banco. Histórias e personagens interessantíssimos, belíssimas gravuras, contadas/mostradas de uma maneira simples e envolvente: uma delícia!
Saudade da época em que a Telemar não me mandava uma conta extorsiva e eu podia postar à vontade...
Karla
às 21:20 ::
quarta-feira, dezembro 18, 2002
...e, para piorar, o Cara-de-pau resolveu cismar de ficar ligando pra mim. Belo final de ano, Papai Noel...
Karla
às 23:29 ::
Muita apreensão,ansiedade, nervosismo, corrida louca pras bizuradas tentando lembrar tudo o que estudei (e o que não deu tempo também) e esse foi o resultado: "Fraude anula provas do vestibular 2003". Não sei se vou agüentar passar por tudo de novo. E preciso recomeçar a estudar amanhã mesmo (sigh)...
Karla
às 23:26 ::
sábado, dezembro 14, 2002
Você diz que era pra ser você a estar ao meu lado. Eu estava lá, sempre estive. Quando eu não consegui mais "agüentar a barra" e te procurei, cadê você??
(Post para o Cara-de-pau)
Karla
às 23:27 ::
Loucura: bizuradas de manhã à noite. (Fazer o quê, não tenho 1,20m de perna! Preciso passar...) Dar de frente com o Cara-de-pau no cursinho: surpresa 1. E descobrir, à noite, na hora da saída, que o carro tá com um problema e que eu não vou poder andar com ele à noite, na véspera do vestibular: surpresa 2, touché! Visão "Pollyanna": ainda bem que foi hoje, e não amanhã de manhã, na hora de sair pras provas. Serão esses mais alguns dos "preços" incluídos no pacote "lute-por-seus-sonhos"?
Karla
às 20:55 ::
sexta-feira, dezembro 13, 2002
É eu estava até indo bem, até aparecer essa dor no pulso. Não, por favor, LER (DORT?) agora, não.
Karla
às 00:48 ::
"A lavagem estomacal me fez recuperar os sentidos. Um tubo comprido foi enfiado no meu nariz, até o fundo da minha garganta. Parecia que queriam me sufocar. Depois, começaram a bombear. Era como tirar sangue em grande quantidade - a sucção, a sensação de tecidos que ruíam e se tocavam de um jeitto diferente do normal, a náusea de sentir que arrancavam tudo o que havia lá dentro. Foi um ótimo desestímulo. Decidi que da próxima vez, com certeza, eu não ia tomar aspirina.
No entanto, quando terminaram, perguntei-me se haveria uma próxima vez. Eu me sentia bem. Não estava morta, mas alguma coisa havia morrido. Talvez eu tivesse alcançado o meu estranho objetivo de suicídio parcial. Senti uma leveza, uma animação que havia anos não sentia.
Essa despreocupação durou meses. (...)
A única coisa esquisita foi que de repente me tornei vegetariana.
Desvio ao meu desmaio em cima do balcão do açougue, passei a associar carne com suicídio. Mas sabia que havia mais coisas por trás disso.
A carne estava machucada, sangrando, espremida numa embalagem apertada. E, por mais que tivesse passado seis meses livres desse pensamento, eu também."
(Susanna Kaysen: Moça, interrompida)
Karla
às 00:28 ::
terça-feira, dezembro 10, 2002
Surpresa! Minhas faltas para fazer as provas do vestibular serão a-bo-na-das! Isso quer dizer que, além de eu poder faltar de segunda a quarta da próxima semana, ainda poderei faltar quinta e sexta desta semana, já que tenho dois dias de folga sobrando (sobrando uma ova, foram conquistados depois de muita hora extra). Ai, obrigada, Senhor.
(Update: As besteiras adolescentes que eu posto quando tô com sono...)
Karla
às 23:28 ::
domingo, dezembro 08, 2002
POST-DESABAFO:
Este já é o terceiro mês em que a conta de telefone, que só uso para acessar a internet (nem aparelho eu coloquei), vem muito alta, em comparação com os dois anos anteriores a partir dos quais eu comecei a usar a linha para esse fim. Assim sendo, após reclamar desse absurdo - sem esperança de ser atendida, haja vista ser essa empresa campeã em reclamações (não atendidas) -, a partir desta semana só navegarei aos sábados e domingos, se tanto, e comprarei uma linha de outra empresa telefônica. Não posso jogar fora o meu suado dinheirinho pagando por um serviço que nunca usei. Não está sendo, digamos assim, muito fácil ganhá-lo, sabe? Fiz um concurso concorrendo com mais de 9 mil pessoas (fiquei em décimo lugar no Estado); desde fevereiro de 2000 estou indo todo dia a uma cidade contígua à que moro (dois ônibus pra ir e dois pra voltar até maio de 2001, quando comprei o carro - o que também consome bastante combustível) pra enfrentar um bando de clientes insatisfeitos com o Banco que me usam como saco de pancadas e assistir impotente colegas folgados "enrolando" no serviço e fazendo com que eu trabalhe por mim e por eles. Chega. Depois a minha mãe fica assustada com a minha reação ao ver a conta telefônica. "É que essa foi a gota d'água que estava faltando, mãe, pro limite da minha resistência". Colapso nervoso, aí vou eu!
Karla
às 14:19 ::
"O princípio de organização de qualquer sociedade é para (sic) a guerra. A autoridade do Estado sobre a sociedade reside em seu poder de guerra".
Minha definição de paraíso para hoje: assistir Charles Chaplin por horas e horas sem tossir uma única vez (é, alergia de novo) e, após mandar "o-que-os-outros-irão-dizer" às favas, aceitar o convite implícito dele e testar se a química entre nós é tão forte quanto parece. (...) I wish I was somebody else living in a fantasy world.Karla
às 22:12 ::
Falando sobre a minha preocupação com a concorrência de História no vestibular (7,46!), minha mãe dispara: "Ah, mas você vai tirar de letra!". É, tá todo mundo esperando isso de mim, principalmente eu mesma. Karla, a perfeita. "Tudo bem, você só teve quatro meses pra estudar, depois de já terem se passado nove anos da sua conclusão do segundo grau" - direi para mim mesma se eu não passar. Como se fosse possível eu aceitar bem esse insucesso (pra não dizer fracasso). Insegurança boba, merde.
Karla
às 21:37 ::
Jantar de confraternização com o gerente traidor tendo convidado o Superintendente às escondidas: é, adeus festinha particular, com todo mundo à vontade. Não consegui disfarçar o meu contragosto, e lá se foi a diversão. De resto, muita conversa boba e a volta pra casa com a solidão do mundo todo dentro de mim.
Karla
às 20:40 ::
Há! Agora ele manda cartões virtuais, tentando descobrir se eu estou lendo os e-mails que me manda. Ainda não o bloqueei, mas o botão "excluir mensagem" está aí pra isso, meu filho!
Karla
às 20:30 ::
quarta-feira, dezembro 04, 2002
Acho que vai ser mais fácil tomar como referência os dias em que eu não estive doente este ano...
Karla
às 23:47 ::
terça-feira, dezembro 03, 2002
Quem sabe um dia, ainda este ano, eu consiga dormir antes da meia-noite...
Karla
às 23:37 ::
"Não deixe que o medo de errar impeça você de ir em busca daquilo que realmente lhe traga satisfação." Era disso que eu tava precisando.
Karla
às 23:12 ::
Hoje eu sobrevivi a uma audiência. Rever alguns ex-colegas de profissão chamando falsamente o outro de "caro colega" e tentando impressionar os demais a qualquer (eu disse qualquer) custo, me faz ter nojo do diploma jogado em um canto qualquer aqui de casa.
Karla
às 23:07 ::
É com você, Elis:
"Vivendo e aprendendo a jogar,
vivendo e aprendendo a jogar.
Nem sempre ganhando,
nem sempre perdendo,
mas aprendendo a jogar (...)" (Guilherme Arantes)
Karla
às 00:01 ::
segunda-feira, dezembro 02, 2002
É porque você é uma terapia complementar (e grátis), blog, só por isso.
Karla
às 23:57 ::
Nada me satisfaz. Festas natalinas (argh!). Medo tão grande de ladrão que me faz imaginar ouvir passos fora do quarto. Não conseguir dormir cedo e morrer de sono no outro dia. Revolta por ter que aturar a colega "eu faço o que quero, e daí, vão me demitir?" faltar demais sem punição; por ter que agüentar o "revoltado-estúpido-enrolão-mor" me fazer trabalhar por mim e por ele. Mesmo faltando apenas quinze dias, nada me satisfaz.
Karla
às 23:47 ::
Sobrevivi a mais um dia de trabalho semi-escravo para o progresso do capitalismo financeiro selvagem.
Karla
às 23:16 ::
domingo, dezembro 01, 2002
Quando tenho as crises alérgicas (o que tem ocorrido muito freqüentemente), olho para os meus remédios salvadores e dou graças a Deus por eles terem sido descobertos. Umas poucas doses e o meu corpo volta ao normal. Mas ontem, olhando as embalagens, de repente li os nomes dos laboratórios: "A" e "B", um americano e outro alemão. Puxa, que bom viver em um país "moderno" de um mundo "globalizado", cuja população tem acesso ao que há de mais avançado em medicamentos! Sou pessimista, vivo em estado de permanente preocupação com o que há de vir, mas não é preciso esperar o amanhã chegar para perceber que logo ali - pode ser na favela aqui pertinho - alguém não pode comprar um remédio bobo pra acabar com um acesso de tosse alérgica. Quem sabe, se eu tivesse nascido no Iraque, talvez eu não tivesse conseguido atingir a idade adulta, já que, com o embargo dos EUA ao país, faltam até as drogas mais elementares. Ou eu poderia ter nascido na África, e ter padecido da necessidade mais básica do ser humano e ao mesmo tempo mais vergonhosa: a fome. Meninos, eu vi o futuro e ele me pareceu sombrio demais para eu desejar fazer parte dele. Na minha concepção do amanhã, devemos aproveitar desde já os "benesses" da civilização - carros, roupas, shoppings, etc - porque provavelmente só um estrito e privilegiado grupo continuará com poder aquisitivo suficiente para consumir esses produtos. Porque eu imagino a grande maioria dos habitantes deste planeta azul futuramente vivendo em "guetos", marginalizados e trabalhando feito escravos para a minoria gozar de todas as "mordomias" que a tecnologia pode proporcionar, enquanto se perguntam como puderam deixar que tudo terminasse desse jeito. Meninos, vigiai: por acaso quereis para vós essa servidão?
Karla
às 10:25 ::
Treze dias: para eu não me esquecer do quanto sou apaixonada por história.
(Mas não queiram que eu acredite que John e Bob Kennedy tenham sido tão admiráveis como o filme quis mostrar)
Karla
às 01:33 ::
1968: o ano que não
terminou 84 Charing Cross Road A Casa dos Espíritos A Cidade das Feras A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo A Guerra do Fim do Mundo
A invasão da América Latina
A Metamorfose A morte de Iván Ilitch
A mulher na construção do mundo futuro A revolução dos bichos
A Saga dos Plantagenetas A Tempestade dos Sonhos
Adeus às armas
Admirável Mundo Novo
As veias abertas da América Latina
Assim Falou Zaratustra Cem Anos de Solidão
Dom Quixote de la Mancha De Amor e de Sombras
Do Contrato Social El Plan Infinito Garibaldi & Manoela Máquina de Pinball Memória de minhas putas tristes
Memórias do Cárcere
Meu amigo Che Meu país inventado Mitologia ao alcance de todos Moça, interrompida Nas fronteiras da loucura O Amor nos Tempos do Cólera O Apanhador no Campo de Centeio O caçador de pipas O Guia do Mochileiro das Galáxias O homem e seu algoz
O lobo da estepe O príncipe
O processo O que eu amava O senhor das moscas
O tempo e o vento
O velho e o mar
O vermelho e o negro O vôo da gaivota Os ancestrais de Avalon Os catadores de conchas
Os dez dias que abalaram o mundo Os Incas: a princesa do Sol
Os seis meses em que fui homem
Os Maias
Os Sertões Paula
Perto do coração selvagem Pride and Prejudice Razão e Sentimento Relato de um náufrago
Terra e Cinzas Violetas na Janela Zona Morta