...e foi óóóótimo o meu dia em Recife: fui abduzida por um casal de amigos, ri muito, andei mais ainda e gastei horrores, mas valeu a pena! Não deu pra encontrar Taci e Naty, mas calma: já tô planejando a próxima - dependendo do novo trabalho e da greve na Federal (e do bolso, claro), poderá ser daqui a pouco tempo...
Geralmente o que muito planejo não dá certo, já os passeios arranjados de última hora... Se tudo der certo, passo o dia amanhã "batendo perna" na capital pernambucana, e assim mato as saudades da minha amigona Taci, encontro um casal amigo que lá está passando o feriadão, e - por quê não? - faço umas comprinhas, para honrar a fama de consumista atribuída aos espécimes do meu sexo.
Naty, vou te ligar de lá, OK? Se der pra gente se encontrar... :) Xará, manda por e-mail o teu telefone!
Quando a maior dúvida da sua vida, no momento, é decidir se vai voltar pro inglês ou recomeçar o francês, só lhe resta erguer as mãos pro céu e agradecer.
Valeu demais a torcida (obrigada, obrigada!) de todos: agora é oficial, já saiu a minha nomeação em Brasília; tudo indica que já começo no próximo dia 5 - entusiasmo não me falta. Descobri, "fuçando" o sistema, que eu tava em 10.º, entre os concorrentes para essa função, no Estado: surpresa das boas.
Mais uma vez, fica a convicção de que, no dia em que eu deixar a insegurança de lado e confiar mais na minha intuição (sexto sentido?), estarei a um passo de conquistar o mundo. I bet my life on that.
Ao tempo em que informamos que o seu nome foi o escolhido para a vaga de Assistente de Negócios, transmitimos os parabéns dos que já fazem parte do quadro da Agência Empresarial."
Ainda não caiu a ficha direito, mas neste momento eu sou só alegria... :)
Acabei O Apanhador no Campo de Centeio: do começo ao fim, a sensação de que devia tê-lo lido há uns 15 anos, para, assim, conseguir entrar no "clima" e me emocionar devidamente com as aventuras de Holden Caulfield. É realmente uma pena...
Muitas, muitas emoções: duas horas de entrevista, e co-le-ti-va. Primeira surpresa: os outros vários candidatos com os quais eu pensava que ia concorrer eram - olhem só - apenas 5. Segunda: ouvir o gerente falar que se limitaram a escolher funcionários do próprio Estado, e que nós tínhamos sido os que melhor pontuaram (foi nessa hora em que tive que segurar o meu queixo); palmas pro meu ego que ele merece. Confesso que fiquei meio assustada com a idéia de "coletiva", mas sabe que foi bem melhor assim? Todos ficaram à vontade, e - não sei se era justamente esse o objetivo -, mais espontâneos. Não fui mal: não tenho vergonha de falar para um grupo pequeno, enfatizei a minha vontade de crescer na instituição e ressaltei bastante a vontade de aprender. Ao final, perguntaram se estaríamos interessados também em uma vaga de não-comissionado, e eu respondi "sim" antes mesmo de acabar a pergunta; oportunidade de aprendizado como essa não vou encontrar em nenhuma outra agência - aliás, desse nível, no país, só exitem outras quatro. Disseram também que essa entrevista ficaria no "banco de dados" (não sei de quem, mas vai ficar(rs))... Mais uma vez, confirmo que ter sido chamada já foi uma etapa conquistada: que venham mais e mais desse tipo. O importante, como eu já disse, é o frio na barriga.
E dia, também, de ótima notícia: telefonema pessoal do gerente geral da agência empresarial (que ainda está formando seu quadro de funcionários) marcando uma entrevista, quarta, para uma vaga de assistente de negócios na nova agência. Claro que vibrei; expectativa até lá. O único "senão": a colega que também mandou currículo não foi chamada, e, venenosa como só ela, a esta hora deve estar rogando todas as pragas do mundo contra mim. Tive que correr o risco e dizer que tinha sido chamada: se eu fosse às escondidas acho que ia rolar, no mínimo, magia negra. Mas "a partida não está ganha", "ainda há muito jogo pela frente": aguardarei.
Dia de aula de História do Brasil Contemporâneo, dia de assistir o documentário Jango (de Silvio Tendler) e, mais uma vez, sentir arrepios ao ver as imagens da morte do estudante Edson Luís em 1968 (e os padres formando uma fila para evitar confronto daqueles que participaram da missa de sétimo dia com a polícia), a imagem de Che morto (e um emocionado Fidel mostrando a foto do companheiro de revolução); indignação, claro, com o depoimento dos generais (inclusive a confissão do Muricy)... Muita emoção.
"So, my little Amélie, you don't have bones of glass. You can take life's knocks. If you let this chance pass, eventually, your heart will become as dry and brittle as my skeleton. So, go to him, dammit."
(Le Fabuleux destin d'Amélie Poulain) Karla
às 23:59 ::
XXXI A quién le puedo preguntar Qué vine a hacer en este mundo? Por qué me muevo sin querer, Por qué no puedo estar inmóvil? Por qué voy rodando sin ruedas, Volando sin alas ni plumas, Y qué me dio por transmigrar Si viven en Chile mis huesos?
XXXIII Y por qué el sol es tan mal amigo Del caminante en el desierto? Y por qué el sol es tan simpático En el jardín del hospital? Son pájaros o son peces En estas redes de la luna? Fue adonde a mí me perdieron Que logré por fin encontrarme?
XLIV Dónde está el niño que yo fui, Sigue adentro de mí o se fue? Sabe que no lo quise nunca Y tampoco me quería? Por qué anduvimos tanto tiempo Creciendo para separarnos? Por qué no morimos los dos Cuando mi infancia se murió?
(Libro de Las Preguntas, Pablo Neruda)
Porque as interrogações sempre me perseguem.
Karla
às 00:47 ::
quinta-feira, junho 10, 2004
Desde ontem a minha mãe olha pra mim e diz: não acredito! Também ainda não "caí na real", mas é verdade, mãe: 29 anos, hoje (a minha ilusão é que seja com corpinho de 28 (rs)). E o melhor de tudo é o carinho recebido, pessoal ou virtualmente: começou com o bibliotecário; depois foi a minha amiga que tá em Sampa; a mais nova italiana ; um telefonema especialíssimo da minha amiga lindíssima de Olinda (poderia usar todos os superlativos e ainda seria pouco); mais carinho de Recife; uma rosa linda oferecida pelo amigo que nunca esquece a data; um colega de faculdade que nem eu sabia que ele sabia, além daqueles que vieram aqui em casa para a matinê com torta de morango: vocês sabem como fazer uma garota feliz... :)
E já recebi tanto spam nesses dias perguntando se eu queria me apaixonar e me oferecendo "o amor da minha vida" que quase deu vontade de clicar no link, só pra ver no que ia dar... Eu disse quase.
Véspera de feriado é uma loucura, no Banco: às vezes o stress é tanto que nem a possibilidade de não trabalhar no outro dia nos anima. Mas o pior, o pior mesmo, é o dia pós-feriado, e se for uma sexta, então... Na agência costuma-se dizer que sexta é o dia em que abrem o hospício (e todos os loucos decidem aparecer por lá); eles que se cuidem: qualquer dia, quando voltarem, vão é nos encontrar ocupando as vagas deles...
Mas não é nada, não é nada: o que importa mesmo é o frio na barriga... :-)
Quase três semanas sem chocolate: tô sobrevivendo; depois da fase de desintoxicação, não sinto mais tanta falta. Sexta foi dia de ver Tróia novamente, dessa vez no cinema recém-inaugurado. Fora o frio congelante, conforto total: poltronas confortáveis que cabem 1 Karla e 1/2, espaço razoável até a fila da frente e som dolby digital - já vi que vou morrer de susto quando assistir um filme de suspense. Enquanto isso, O Tempo não pára: a caracterização do Daniel Oliveira me deixou morta de curiosidade. Com mais esse, são três os filmes "na fila": acampar no cinema, no próximo final de semana? :)
Não deixa de ser interessante Mr. Reagan ter falecido justamente no aniversário de 60 anos do Dia D. E as matérias na BBC estão, como sempre, magníficas.
Disputando com o material da facul - atrasado, depois desses dias turbulentos -, recebi ontem da biblioteca O Apanhador no Campo de Centeio. Já vou avisando: as minhas expectativas são muito altas, a decepção é quase certa. E pra não dizer que não comprei nada, fui ao Hiper e voltei com Olga, o livro. Quando vai entrar em cartaz o filme, mesmo?
Nada de dormir: a urticária atacou outra vez. Quase 4 da manhã e a pele queimando, coçando, sem me deixar pregar o olho. Consegui dormir umas 4 horas, mandei a homeopatia às favas e fui cedinho pro alergologista, que eu tava mais era sonhando com o Hidroxizine e a volta das noites bem-dormidas. Vacinas durante seis meses e todos os remédios que tenho direito (quer dizer, que posso comprar: R$ 230,00 mais pobre num só dia). O médico falou que se trata de uma urticária "idiopática", isto é, que não se consegue descobrir a causa; fingi que acreditei. E encontrei no consultório um senhor pior que eu, e o incrível é que os sintomas são os mesmos: manchas vermelhas que queimam aparecendo do "nada", transformando-se em placas e ocasionando a coceira. Mas, tudo bem, vai passar... :)
E Tróia pela 2.ª vez? Nada feito, bibliotecário, agora só sexta... :(
Cabra Marcado para Morrer: emocionante. Nunca esquecerei o rosto de Elisabeth Teixeira, precocemente envelhecido após tanto sofrimento: marido assassinado, família esfacelada... Lição de vida. Saí da sala com aquele nó na garganta e achando os meus problemas deste tamanhinho...
1968: o ano que não
terminou 84 Charing Cross Road A Casa dos Espíritos A Cidade das Feras A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo A Guerra do Fim do Mundo
A invasão da América Latina
A Metamorfose A morte de Iván Ilitch
A mulher na construção do mundo futuro A revolução dos bichos
A Saga dos Plantagenetas A Tempestade dos Sonhos
Adeus às armas
Admirável Mundo Novo
As veias abertas da América Latina
Assim Falou Zaratustra Cem Anos de Solidão
Dom Quixote de la Mancha De Amor e de Sombras
Do Contrato Social El Plan Infinito Garibaldi & Manoela Máquina de Pinball Memória de minhas putas tristes
Memórias do Cárcere
Meu amigo Che Meu país inventado Mitologia ao alcance de todos Moça, interrompida Nas fronteiras da loucura O Amor nos Tempos do Cólera O Apanhador no Campo de Centeio O caçador de pipas O Guia do Mochileiro das Galáxias O homem e seu algoz
O lobo da estepe O príncipe
O processo O que eu amava O senhor das moscas
O tempo e o vento
O velho e o mar
O vermelho e o negro O vôo da gaivota Os ancestrais de Avalon Os catadores de conchas
Os dez dias que abalaram o mundo Os Incas: a princesa do Sol
Os seis meses em que fui homem
Os Maias
Os Sertões Paula
Perto do coração selvagem Pride and Prejudice Razão e Sentimento Relato de um náufrago
Terra e Cinzas Violetas na Janela Zona Morta