Nas últimas duas semanas tenho me segurado pra não mandar duas "figuras" calarem a boca e parar com as lamentações sem fim. Problemas há em todo o lugar, afinal. Quem souber onde tem paciência pra vender, favor me avise com urgência.
Todo mundo está acostumando a ver a mulher sofrer depois do fim de um relacionamento, não é? Por que, quando acontece de o homem ficar mal, ninguém encara com naturalidade? Ter que encarar uma conversa com o chefão, me perguntando o que estava acontecendo com o ex, era a última coisa que eu queria. É uma pena ele não ter maturidade suficiente para evitar que os problemas pessoais interfiram no trabalho; nas muitas vezes em que o mundo quase caiu na minha cabeça, desde problemas de saúde a emocionais, agüentei firme, e espero que os outros façam o mesmo. Sinto muito, mas não tenho muito jeito pra bancar a babá de "coitadinhos".
A partir de segunda, não estarei mais substituindo o chefe: isso quer dizer que volto à (ótima) vidinha de sair no horário certo e não carregar toda os problemas nos ombros. E o melhor: chega de almoços tediosos com clientes chatos, por um bom tempo. Mais uma vez o chefão perguntou se eu queria a comissão de Gerente de Contas, outra vez disse não. Alívio.
Mas boa mesmo está sendo a sensação de liberdade: escolhi não ir a lugar algum neste final de semana, ficarei vegetando em frente à TV e não darei a ninguém a oportunidade de me importunar. Nada de sair por obrigação, ter que disfarçar a cara de tédio e sorrir como se tivesse me divertindo. O travesseiro e o controle remoto são o meu refúgio, e isso me basta.
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Karla
às 23:13 ::
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