O ortopedista me deu mais 21 dias de licença - vibrei: tudo indica que só volto a trabalhar na quarta-feira de cinzas. Precisando demais lamber as feridas, superar os quase traumas adquiridos entre dezembro e janeiro. A colega que está me substituindo quase chorou de cansaço quando fui lá, mas quer saber? Ela está ganhando a comissão, e, francamente, não tô nem aí - nos próximos meses a sofredora serei eu.
Eu não agüento: falei que não recebia mensagem particular - dei até o meu pessoal, do Hotmail -, mas os funcionários das empresas clientes da agência teimam em mandar .pps e emails "bem-humorados" para o email corporativo do Banco. Acesso a caixa postal e olha lá o título da mensagem: "OiEh!, eSKeCeu dos PoBres neh!" contendo um link para uma charge "engraçadinha"; direto para a lixeira, sem dó nem piedade.
Minha recuperação está muito boa, recomeçaram as aulas da facul ontem, mas uma coisa não está bem: o namoro. Tá frio, frio, a ponto de eu me sentir aliviada quando não podemos nos encontrar; confesso que ando até inventando empecilho para não nos vermos. Como vou dizer "desculpa, não gosto mais, aliás, nem sei se um dia cheguei a gostar" a quem me deu a maior força nos momentos mais difíceis por que já passei? Por outro lado, como não contar a ele que só o vejo ainda por causa de uma "dívida moral"? Ó vida, ó dilema!
Colegas do trabalho ligando pra saber como estou: é "sondagem" pra saber quando acaba a licença, aposto. Mas tô fazendo o gênero "não tô nem aí", já que usei mais de um mês de preciosas férias e folgas pra me recuperar da primeira cirurgia (como se eles tivessem ligando para esse meu "sacrifício"...). Boba de carteirinha, eu sou.
Juro que não entendo a nota desse filme no IMDB: adoro filmes apocalípticos, principalmente os que prenunciam o caos, notei que as tomadas eram longas, as cenas de troca de tiros entre policiais e rebeldes muito bem feitas, mas "só". E eu tava prestando atenção de verdade.
Sabendo do meu vício, sempre falei que só ia começar o primeiro quando desse pra ler todos de uma vez, e não deu outra: estou na metade do "Harry Potter e a Ordem da Fênix", determinada a terminar o sexto até domingo, dia em que acabam as férias da facul. Não sei o que teria sido de mim nesse último mês se não fossem os benditos ebooks...
De volta ao teclado, digitando com todos os dedos novamente, olhando pro braço cheio de pontos, ainda inchado, mas agora bem mais parecido com o do lado direito. Pena que foi preciso tirar um pouco mais de gordura da barriga, local onde a dor é maior e a cicatrização tá sendo difícil. Foi barra, viu? Só saí de casa mesmo, depois das cirurgias, terça passada, dia 16: mais de um mês presa, só vendo TV e lendo e-books no Palm. Sempre fui um pouquinho claustrofóbica, mas depois de tanto tempo dentro de um quarto pequeno, o pavor de lugares apertados aumentou bastante; tive até um pouco de falta de ar no quarto do hospital, nessa última estada. Depois de visitar meu pai durante um mês naquele hospital e de passar por 7 cirurgias, das quais 4 foram no mesmo lugar, rezei muito para não ficar mais de um dia internada. E, sim, estou realmente traumatizada, meu estômago embrulha só em pensar em voltar a ficar presa em um quarto do hospital da Unimed. Mas a vida continua, vou agendar um monte de sessões com a psicóloga e tentar extravasar todas as sensações das últimas semanas.
Acabei de assistir Edifício Master: comovente. Tanto que vi o namorado, disfarçadamente, secar uma lágrima e dizer: "Pôxa, não tem nenhuma história alegre, não?"
Doida pra ir ao cinema, até assisti "Uma noite no museu", mas foi difícil ficar duas horas sentadas numa poltrona não muito confortável, e o abdômen incomodou um bocado. Paciência.
Tentando não pensar muito nas provações desta vida; um dia, conseguirei.
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